Nesta segunda-feira, sem revelar os nomes que integram o rol de suspeitos, a Polícia Federal (PF) admitiu estar prestes a iniciar um processo minucioso de investigação para identificar usuários brasileiros que desrespeitaram a ordem de suspensão imposta pelo ministro do STF.

A suspensão da rede social, no Brasil, foi determinada no último dia 30 de agosto por uma ordem do STF e permanece válida, mas a plataforma foi acessada por alguns usuários após uma falha técnica, nesta manhã, o que permitiu a Bolsonaro desafiar a decisão judicial que proíbe o acesso ao X.

Dois fatores principais contribuíram para o adiamento. O primeiro está relacionado à necessidade de realizar análises mais aprofundadas que estabeleçam uma conexão clara entre a minuta golpista, elaborada por aliados de Jair Bolsonaro (PL), e a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Em uma chamada de vídeo, durante jantar com empresários em apoio ao candidato à reeleição, realizado no clube Monte Líbano na noite passada, Bolsonaro prometeu fazer campanha na tentativa de mantê-lo no cargo por mais quatro anos.

A reunião entre Bolsonaro e Motta, ocorrida na última quinta-feira segundo fontes citadas pelo jornalista Igor Gadelha, do site brasiliense de notícias ‘Metrópoles’, foi caracterizada como “amistosa”. Bolsonaro e Motta trocaram contatos para manter uma comunicação direta.

Em nota à imprensa, na noite passada, Marçal relata que foi impedido de subir no carro de som no que chamou de “manobra frustrada de desesperados” para silenciá-lo. Ainda na mensagem em que criticou Marçal, Bolsonaro elogiou o prefeito Ricardo Nunes (MDB), seu apadrinhado na eleição paulistana.

No carro de som, Bolsonaro cobrou do Senado uma atitude mais enérgica em relação ao ministro do STF, apelando por um “freio” às ações de Moraes, a quem chamou de “ditador”. Em sua fala, alegou ainda que o ministro estaria “fazendo mais mal ao Brasil” do que o atual presidente.

O contato partiu de Bolsonaro, em telefonema nesta manhã, antes do embarque de Marçal para o exterior, com destino a El Salvador, onde o candidato tenta uma audiência com o presidente Nayib Bukele. A viagem não consta da agenda oficial.

Por Rui Martins - A vitória de Pablo poderá significar o fim definitivo para Bolsonaro e família, pois ficará difícil continuar a receber a totalidade dos votos dos evangélicos.

Por Urariano Mota - Um relato visceral de resistência, indignação e confronto com o fascismo cotidiano, onde a luta pela democracia se torna um dever constante e inadiável.

A principal suspeita é que Bolsonaro teria avisado Ribeiro sobre uma operação de busca e apreensão da PF, com base em uma conversa telefônica entre o ex-ministro e sua filha. Segundo a PF, dois pastores criaram um "gabinete paralelo" no MEC para liberar verbas públicas em troca de propina, com aval de Ribeiro.

Nos bastidores, parlamentares do PL e aliados, incluindo filiados do Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, articulam apoio a Marçal, que tem crescido nas pesquisas.

A chance de Bolsonaro ser preso antes de encerrados todos os recursos da defesa, no entanto, ainda está em curso. A defesa do ex-presidente nega que ele tenha descumprido a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e mantido contato com o presidente do PL,  Valdemar da Costa Neto.

Esta, no entanto, não é a primeira vez que Marcos do Val teve as redes sociais suspensas, após ataques ao STF. No ano passado, a Corte determinou que as contas do senador fossem suspensas quando ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal (PF).

Cresce, assim, a pressão sobre o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, para que ele convença o ex-presidente a liberar alianças com siglas como PDT e PSB, mantendo o veto apenas às federações envolvendo PT e PSOL. Costa Neto, no entanto, permanece proibido de ter contato com Bolsonaro.

Abandonado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que obteve a maioria dos votos no Estado, o projeto foi concluído após 18 meses da atual gestão e é considerado a maior obra de infraestrutura rodoviária do país.

Na decisão, publicada nesta sexta-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o prazo de 48 horas para que Bolsonaro e Costa Neto esclareçam a ida à convenção municipal do MDB, que oficializou a candidatura do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, à reeleição.

A principal diferença entre os casos, segundo integrantes da PF ouvidos pela rede norte-americana de TV CNN, é a tentativa de venda e recompra do itens recebidos por Bolsonaro. Essas mesmas fontes argumentam que a tese de um órgão de contas não deve prevalecer sobre o código penal.

O relator do caso, ministro André Mendonça, e o ministro Alexandre de Moraes já haviam votado pela improcedência do pedido. O ministro Edson Fachin divergiu, pediu destaque no processo, ferramenta que faz com que o julgamento seja levado para o plenário presencial do STF.

Gonet passa a analisar o material para decidir contra quais investigados oferecerá denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), transformando-os em réus, ou não. Bolsonaro é apontado pela PF como o líder do esquema de venda ilegal de joias, mas defende-se alegando que as normas sobre o assunto não são claras e que devolveu os presentes ao ser solicitado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).