Gonet passa a analisar o material para decidir contra quais investigados oferecerá denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), transformando-os em réus, ou não. Bolsonaro é apontado pela PF como o líder do esquema de venda ilegal de joias, mas defende-se alegando que as normas sobre o assunto não são claras e que devolveu os presentes ao ser solicitado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Por Redação – de Brasília
O Procurador-geral da República, Paulo Gonet, recebeu nesta quinta-feira o relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou 12 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no caso das joias sauditas. A oficialização do indiciamento ocorreu no início deste mês.
Gonet passa a analisar o material para decidir contra quais investigados oferecerá denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), transformando-os em réus, ou não. Bolsonaro é apontado pela PF como o líder do esquema de venda ilegal de joias, mas defende-se alegando que as normas sobre o assunto não são claras e que devolveu os presentes ao ser solicitado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Prazos
Nos bastidores, é alta a expectativa de que Bolsonaro esteja entre os denunciados, uma vez que a PF o considera o cabeça do esquema criminoso. Gonet, porém, poderá propor o arquivamento do caso, argumentando a inexistência de crime. Gonet terá até o dia 21 de agosto para se manifestar, conforme o prazo determinado pelo magistrado Alexandre de Moraes, do STF, podendo solicitar prorrogação se precisar.
Além de Bolsonaro, os indiciados são: Bento Costa, ex-ministro de Minas e Energia; Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Bolsonaro; Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro; Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal; Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do setor de presentes; Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens; Mauro Cesar Lourena Cid, general do Exército e pai de Mauro Cid e Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens, entre outros.