O contato partiu de Bolsonaro, em telefonema nesta manhã, antes do embarque de Marçal para o exterior, com destino a El Salvador, onde o candidato tenta uma audiência com o presidente Nayib Bukele. A viagem não consta da agenda oficial.
Por Redação – de São Paulo
O ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), em conversa com o seguidor e candidato à prefeitura paulistana Pablo Marçal (Republicanos-SP), aproveitou para convidá-lo a participar do ato em defesa do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A manifestação está marcada para o próximo sábado, Dia 7 de Setembro, na Avenida Paulista.
O contato partiu de Bolsonaro, em telefonema nesta manhã, antes do embarque de Marçal para o exterior, com destino a El Salvador, onde o candidato tenta uma audiência com o presidente Nayib Bukele. A viagem não consta da agenda oficial, mas foi confirmada à reportagem do Correio do Brasil, por assessores.
Bolsonaro, segundo apurou a mídia conservadora, ofereceu espaço a Marçal no trio elétrico, durante o protesto. O convite, ainda segundo colunistas, foi aceito prontamente.
Negativa
Mas nem todos querem aparecer ao lado do candidato derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022. Em conversas mantidas na última semana com integrantes do PL, partido de Bolsonaro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sinalizou que não pretende comparecer ao ato, em 7 de setembro. Oficialmente, no entanto, a assessoria de imprensa do mineiro, aparente aliado do ex-mandatário, não está definida.
Se Zema decidir não comparecer, significa uma alteração de rumo do governador, que em fevereiro foi à Paulista na manifestação em apoio a Bolsonaro, após ele ser alvo de ações da Polícia Federal.
Os governadores de estado têm mostrado receio sobre marcar presença na manifestação, em meio às eleições municipais. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), também não comparecerá, assim como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que está de férias no exterior.
Plataforma
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por sua vez, confirmou presença no ato com Bolsonaro. No início da semana, Freitas fracassou ao tentar convencer o ministro Alexandre de Moraes a reconsiderar a suspensão da plataforma X (antigo Twitter) no Brasil, algo que consta da pauta do protesto agendado.
Em função do posicionamento do ministro em assuntos caros à extrema direita, no país, parlamentares da oposição bolsonarista declararam nesta manhã que vão protocolar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, na próxima segunda-feira, logo após os atos do 7 de Setembro, quando serão recolhidas assinaturas.
Mas o pedido deixa o próprio Bolsonaro preocupado com seu destino, uma vez que ele recuou nos ataques a Moraes, sugerindo que o impeachment não é o melhor caminho. A revolta da base bolsonarista se intensificou após as investigações do ministro sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro e a recente decisão de banir a rede social X, de Elon Musk, por descumprimento de ordens judiciais.