Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

STF apoia decisões de Moraes, assegura decano da Corte

Gilmar Mendes, decano do STF, defende decisão de Moraes sobre prisão domiciliar de Bolsonaro e critica aplicação da Lei Magnitsky pelos EUA.

Quarta, 06 de Agosto de 2025 às 20:25, por: CdB

O ministro também voltou a criticar, em entrevista a jornalistas nesta manhã, a aplicação da Lei Magnitsky pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra Moraes.

Por Redação – de Brasília

 

Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes afirmou nesta quarta-feira que não houve qualquer desconforto na Corte pela decisão do ministro Alexandre de Moraes de decretar a prisão domiciliar do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL). Questionado se havia algum incômodo com a decisão, ele respondeu: “nenhum”.

STF apoia decisões de Moraes, assegura decano da Corte | O ministro Gilmar Mendes é o decano do Supremo Tribunal Federal (STF)
O ministro Gilmar Mendes é o decano do Supremo Tribunal Federal (STF)

— O Alexandre tem toda a nossa confiança e o nosso apoio — avalizou.

 

‘Impensável’

O ministro também voltou a criticar, em entrevista a jornalistas nesta manhã, a aplicação da Lei Magnitsky pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra Moraes.

— Seria inadmissível que nós, nas nossas pretensões comerciais, exigíssemos mudanças de entendimento da Suprema Corte (norte-)americana. Isso seria impensável. Da mesma forma, isso se aplica ao Brasil — acrescentou.

Mendes participou de um encontro da Esfera Brasil e da EMS sobre a indústria farmacêutica. Ele participou de uma mesa ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

 

Perseguição

Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro por entender que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeo para apoiadores durante manifestações no domingo (3), algo que foi registrado nas redes inclusive pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O ex-presidente estava proibido de usar redes sociais, mesmo que por intermédio de outras pessoas.

A prisão desencadeou uma reação de bolsonaristas, inclusive com a obstrução dos plenários da Câmara e do Senado nesta terça-feira, primeiro dia de trabalho do Congresso após o recesso.

Seguidores de Bolsonaro fizeram  da medida do STF um mote para reforçar a tese de perseguição. E alegam que o episódio demonstra que Bolsonaro é vítima. Dentro desse quadro, dizem ainda temer pelo quadro de saúde do ex-presidente.

Edições digital e impressa