Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Alexandre de Moraes decreta prisão domiciliar de Bolsonaro

Alexandre de Moraes decreta prisão domiciliar para Jair Bolsonaro após descumprimento de medidas cautelares. Entenda os detalhes da decisão.

Segunda, 04 de Agosto de 2025 às 19:25, por: CdB

“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, escreveu Moraes.

Por Redação – de Brasília

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Moraes justificou que ele descumpriu medidas cautelares já impostas ao utilizar redes sociais de aliados para divulgar “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques” ao STF e “apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

Alexandre de Moraes decreta prisão domiciliar de Bolsonaro | O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) levou um boneco do pai para cima do caminhão de som e reproduziu uma mensagem dele, por telefone
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) levou um boneco do pai para cima do caminhão de som e reproduziu uma mensagem dele, por telefone

“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, escreveu Moraes. Para o ministro, a atuação do ex-presidente, mesmo sem o uso direto de seus perfis, burlou de forma deliberada a restrição imposta anteriormente.

Investigados

Com isso, Moraes determinou que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar em seu endereço residencial. A decisão inclui:
uso de tornozeleira eletrônica; proibição de visitas, salvo por familiares próximos e advogados e recolhimento de todos os celulares disponíveis no local.

A decisão ressalta que as condutas de Bolsonaro demonstram “a necessidade e adequação de medidas mais gravosas de modo a evitar a contínua reiteração delitiva do réu”.

Segundo Moraes, as medidas cautelares em vigor foram desrespeitadas “mesmo com a imposição anterior de restrições menos severas”, como a proibição de uso das redes sociais e de contato com outros investigados. O ministro sublinha, por fim, que o ex-presidente produziu material destinado à publicação por terceiros, driblando a censura direta aos seus canais e mantendo “influência ativa” no debate político digital.

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