Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Influenciador rural conhecido como Diabo Loiro é preso em Campinas

Eduardo Magrini, o influenciador rural conhecido como Diabo Loiro, é preso em operação que investiga lavagem de dinheiro ligada ao PCC. Descubra os detalhes.

Quinta, 30 de Outubro de 2025 às 11:30, por: CdB

Eduardo Magrini é acusado de integrar rede de empresários e agiotas usada para ocultar patrimônio do crime organizado.

Por Redação, com Agenda do Poder – de São Paulo

O influenciador Eduardo Magrini, conhecido nas redes sociais como Diabo Loiro, foi preso na manhã desta quinta-feira durante a Operação Off White, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Além dele, outros três suspeitos foram detidos em ações simultâneas no interior de São Paulo.

Influenciador rural conhecido como Diabo Loiro é preso em Campinas | Influenciador Diabo Loiro
Influenciador Diabo Loiro

Magrini se apresentava como produtor rural e influenciador digital, ostentando uma vida de luxo em publicações que mostravam carros caros, viagens e convivência com pessoas conhecidas. Apesar da imagem de sucesso, ele já possuía passagens pela polícia por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documentos falsos.

Mandados em cidades do interior de São Paulo

A operação cumpre nove mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão em Campinas, Artur Nogueira e Mogi Guaçu. Em Campinas, parte da ação ocorreu em um condomínio de alto padrão, onde policiais apreenderam documentos e objetos de valor que podem servir como provas da movimentação financeira ilícita.

A Operação Off White é um desdobramento da investigação que, no fim de agosto, prendeu dois empresários suspeitos de planejar o assassinato do promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas.

Rede envolvia empresários, traficantes e influenciadores

Com base em documentos apreendidos nas fases anteriores, o Ministério Público identificou a atuação de uma rede que unia empresários, agiotas, traficantes e influenciadores digitais. Segundo a investigação, o grupo movimentava recursos por meio de transações financeiras e imobiliárias destinadas a ocultar a origem ilícita do dinheiro vindo do tráfico de drogas.

Em determinado momento, segundo a promotoria, surgiram desavenças internas entre os integrantes do esquema. Foi nesse contexto que os investigados realizaram diversas transações para dissipar o patrimônio, mascarar os verdadeiros beneficiários e disfarçar a origem criminosa dos bens e valores.

As autoridades agora buscam rastrear os fluxos de dinheiro e propriedades que possam ter servido como instrumentos de lavagem, além de identificar eventuais novos envolvidos no grupo criminoso.

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