Indicação de Mendonça para o STF sofre mais um revés, no Senado
Mendonça foi indicado em julho e desde então, Alcolumbre tem resistido em marcar a data para a sabatina. A indicação do “terrivelmente evangélico”, conta com o apoio de lideranças evangélicas e neopentecostais, que prometem realizar protestos em diversas cidades do país caso o senador.
Mendonça foi indicado em julho e desde então, Alcolumbre tem resistido em marcar a data para a sabatina. A indicação do “terrivelmente evangélico”, conta com o apoio de lideranças evangélicas e neopentecostais, que prometem realizar protestos em diversas cidades do país caso o senador.
Por Redação - de Brasília
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) disse a jornalistas, nesta quarta-feira, não ter previsão de marcar a sabatina de André Mendonça na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a qual preside. Mendonça, ex-ministro da Justiça e ex-advogado-Geral da União, foi indicado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal, após a aposentadoria de Marco Aurélio Mello.
O advogado André Mendonça foi indicado ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro
— Não tem data — afirmou Alcolumbre, durante a cerimônia de filiação ao PSD do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), na manhã desta quarta, em Brasília.
Mendonça foi indicado em julho e desde então, Alcolumbre tem resistido em marcar a data para a sabatina. A indicação do “terrivelmente evangélico”, conta com o apoio de lideranças evangélicas e neopentecostais, que prometem realizar protestos em diversas cidades do país caso o senador.
Outra informação dá conta de que Jair Bolsonaro jogou a toalha e está liberando o voto contra André Mendonça de aliados do Centrão.
Sabatina
Ainda nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar sobre a indicação de Mendonça para o STF. Em Roraima, o chefe do Executivo afirmou que o ex-ministro, que também é pastor presbiteriano, levará paz e equilíbrio à Corte.
— Ele não quer perseguir ninguém dentro do Supremo Tribunal Federal, não queremos perseguir ninguém. Queremos é levar a paz lá para dentro, o equilíbrio. Que essas pautas sobre conservadorismo, o tempo todo, estão dentro daquela Casa — disse.
No entanto, o presidente também assumiu que Mendonça terá dificuldades na votação secreta a ser feita pelos senadores. A tendência, no Plenário da Casa, é que Mendonça não tenha votos suficiente para alcançar a aprovação necessária. Caso ocorra a reprovação, Bolsonaro precisará indicar um outro nome.
— Uma pessoa que tem um currículo invejável, que tenho conversado com ele há muito [tempo], que sabe das dificuldades não para passar na sabatina, que passa com nota quase dez, mas a dificuldade na votação secreta de ter o seu nome aprovado — concluiu.