Mas os defensores estão otimistas quanto a uma mudança no regime prisional do cliente que, embora não deva ocorrer neste ano, tende a ser liberada bem antes do cumprimento da pena de 27 anos e três meses de cadeia.
Por Redação – de Brasília
Embora tenha visto seu prestígio eleitoral e os aliados desaparecerem como por um passe de mágica, o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) tem recebido de seus advogados a previsão de que sua permanência numa cela da Polícia Federal (PF) tem os dias contados. Não há, contudo, qualquer sinalização nesse sentido.

Mas os defensores estão otimistas quanto a uma mudança no regime prisional do cliente que, embora não deva ocorrer neste ano, tende a ser liberada bem antes do cumprimento da pena de 27 anos e três meses de cadeia. Trata-se agora, portanto, de uma questão de tempo para que integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) o mandem de volta para a mansão onde mora, em um bairro elegante da Capital Federal.
Na avaliação de magistrados ouvidos pelo canal norte-americano de TV CNN nesta segunda-feira, todavia, está descartada no curto prazo a chance de o ministro Alexandre de Moraes conceder prisão domiciliar para Bolsonaro. Além da necessidade de reforçar uma imagem forte do STF, o ataque à tornozeleira eletrônica tornou-se um complicador a mais para o dirigente da extrema direita.
Eleições
O receio desses ministros, no entanto, é que ao obter o possível benefício da prisão domiciliar, agora, o ex-presidente adote alguma estratégia de se abrigar em uma representação diplomática. Para 2026, no entanto, a percepção é de que caberia o regime domiciliar diante do quadro de comorbidades física do apenado, que tem constantes crises de soluço e vômito.
Para magistrados da Suprema Corte, a avaliação é de que seria mais seguro conceder o regime domiciliar após a conclusão das eleições presidenciais, para evitar que o ex-presidente tente interferir no processo eleitoral. O receio é de que o extremista grave vídeos ou disperse informações falsas por meio de interlocutores políticos durante visitas em sua residência, durante a campanha à Presidência da República.
Bolsonaro está preso há mais de uma semana na Superintendência da Polícia Federal em Brasília e recebe a visita apenas, por enquanto, de advogados e familiares. Outro fator que pesa na opinião dos ministros do STF é a baixa adesão de militantes bolsonaristas a protestos da direita neste fim de semana.