Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

PGR libera general Heleno para cumprir pena em prisão domiciliar

O Procurador-Geral da República defendeu a prisão domiciliar do general Augusto Heleno, citando sua condição de saúde e o princípio da proteção ao idoso.

Sexta, 28 de Novembro de 2025 às 21:25, por: CdB

Gonet também citou o princípio da proteção integral e prioritária do idoso, da Constituição Federal, e que o quadro clínico do general é verificado; além dos relatórios e prontuários médicos apresentados pela defesa.

Por Redação – de Brasília

Procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet manifestou-se favoravelmente à prisão domiciliar para o general da reserva e ex-ministro Augusto Heleno, 78, um dos militares de alta patente presos após condenação na trama golpista. O PGR defendeu que a medida seja autorizada em caráter humanitário.

PGR libera general Heleno para cumprir pena em prisão domiciliar | O general Augusto Heleno, na reserva, foi um dos militares mais ativos na trama golpista
O general Augusto Heleno, na reserva, foi um dos militares mais ativos na trama golpista

“A manutenção do custodiado em prisão domiciliar é medida excepcional e proporcional à sua faixa etária e ao seu quadro de saúde, cuja gravidade foi devidamente comprovada, que poderá ser vulnerado caso mantido afastado de seu lar e do alcance das medidas obrigacionais e protecionistas que deverão ser efetivadas pelo Estado”, disse o PGR, na decisão.

 

Militar

Gonet também citou o princípio da proteção integral e prioritária do idoso, da Constituição Federal, e que o quadro clínico do general é verificado; além dos relatórios e prontuários médicos apresentados pela defesa, pelo exame de higidez física realizado pelo Comando Militar do Planalto, onde está preso. Heleno foi condenado a 21 anos de prisão por participar do golpe liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a derrota para Lula (PT) em 2022.

Ao ser preso, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Bolsonaro afirmou a uma equipe médica que sofre de doença de Alzheimer desde 2018. O general informou aos médicos ser “portador de demência Alzheimer em evolução, com perda de memória recente importante, prisão de ventre e hipertensão, em tratamento medicamentoso (polifarmácia)”.

Heleno foi condenado a pena privativa de liberdade em regime inicial fechado e 84 dias-multa.

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