O inquérito teve origem em uma notícia-crime oferecida, em julho do ano passado, pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) a partir das suspeitas tornadas públicas durante a CPI da Covid.

A magistrada Rosa Weber também determinou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, envie à Polícia Federal (PF), em cinco dias, cópia integral dos processos administrativos referentes à contratação e importação da vacina indiana. A informação foi divulgada, na véspera, pelo STF.

Além da Covaxin, a organização certificou até agora seis vacinas: o imunizante da Pfizer/BioNTech, Covishield da AstraZeneca, vacina da Johnson&Johnson, mRNA-1273 da Moderna, BBIBP-CorV da Sinopharm e CoronaVac da Sinovac.

As investigações, de acordo com a CGU, tiveram início após denúncias da imprensa sobre indícios de prática de crimes no processo de importação do imunizante, produzido pela empresa indiana Bharat Biotech Limited, por parte da Precisa.

Danilo Trento, na empresa Primarcial Holding e Participações, com sede em São Paulo, usa o mesmo endereço da empresa Primares Holding e Participações, cujo sócio é Francisco Maximiano. O empresário também foi apontando pelo lobista Marconny Faria como “verdadeiro dono” da Precisa Medicamentos.

Apesar do silêncio diante de perguntas decisivas dos integrantes da Comissão, os senadores consideram estar comprovado que Tolentino é o sócio-oculto do FIB Bank, empresa que deu a garantia para o contrato de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde, com a intermediação da Precisa Medicamentos.

O depoimento deve ajudar a comissão de inquérito em uma de suas linhas de investigação, que é a negociação do governo com o laboratório indiano para a compra da vacina Covaxin, no valor total de R$ 1,6 bilhão.

O cronograma para a volta do recesso foi definido pela cúpula da CPI da Covid. O primeiro a ser ouvido será o suposto “reverendo” Gomes de Paula, nesta terça-feira, envolvido no escândalo das vacinas indianas Covaxin.

A oitiva de Maximiano está marcada para a próxima quarta-feira. Nesta manhã, o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello prestou depoimento à Polícia Federal, sobre suas ligações com a empresa, que envolveriam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Bharat Biotech rompe com a Precisa, mas diz que vai continuar cooperação com Anvisa para aprovação do imunizante no Brasil. Alvo da CPI da Pandemia, empresa intermediou a venda da Covaxin ao Ministério da Saúde.

A Polícia Federal instaurou nesta segunda-feira inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação em relação à negociação do governo para a compra da vacina Covaxin.

Na conversa em que o parlamentar teria ouvido de Bolsonaro o nome de Ricardo Barros no esquema de corrupção na compra das vacinas indianas Covaxin, também teriam sido mencionados outros dois chefes do grupo parlamentar conhecido como ‘Centrão’.

No dia 20 de março, os irmãos Miranda informaram ao presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas de irregularidades na aquisição de 20 milhões de doses do imunizante indiano. Portanto, Regina Célia passou a atuar somente após as primeiras denúncias.

Por Rui Martins - Mesmo se for evitado o golpe, o fascismo bolsonarista já terá se expandido pela sociedade e não será afastado com uma derrota eleitoral. Haverá necessidade de um trabalho de hegemonia cultural, que não foi feito nos governos anteriores.

Por Celso Lungaretti - O golpe de Estado que o Bozo não deu enquanto ainda podia, agora ele morrerá sem dar; seu governo verdadeiramente já acabou e hoje ele não passa de um cadáver político aguardando o rabecão; como o fedor vai ficar cada vez pior, urge acelerarmos o fim do pesadelo com o povo nas ruas.

Agência aponta falta de documentos essenciais sobre a vacina e diz ter notificado a Precisa Medicamentos, intermediária brasileira da fabricante indiana Bharat Biotech. Compra do imunizante é alvo da CPI e do MPF.

No encontro com parlamentares aliados, Barros também teria negado ser o responsável pelas pressões sofridas pelo servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda para liberar a importação da Covaxin. O deputado Miranda, nesta manhã, insinuou que a reunião teria sido gravada.

"Se existir algo realmente ilegal, não é só nessa vacina (Covaxin), é na pasta toda. O presidente (Jair) Bolsonaro demonstra claramente que não tem controle sobre essa pasta", desconfia o deputado. Ele e o irmão prestaram depoimento à CPI na sexta-feira.

O parlamentar falou neste domingo, à TV do Trabalhador (TVT), que o momento na política é marcado por um processo acelerado de corrosão da sustentação pública do governo. O deputado destacou também que o governo Bolsonaro é “marcado por todo tipo de irregularidade”.