O parlamentar falou neste domingo, à TV do Trabalhador (TVT), que o momento na política é marcado por um processo acelerado de corrosão da sustentação pública do governo. O deputado destacou também que o governo Bolsonaro é “marcado por todo tipo de irregularidade”.
Por Redação - de Brasília
O caso da compra superfaturada da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde deve agravar nos próximos dias o processo de perda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro. As últimas pesquisas de opinião já refletem o ocaso do mandatário, chamado de “mito” no início do mandato, e hoje considerado um mentiroso pela maioria dos brasileiros.
— Isso vai dificultar ainda mais a situação do governo — avalia o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
O parlamentar falou neste domingo, à TV do Trabalhador (TVT), que o momento na política é marcado por um processo acelerado de corrosão da sustentação pública do governo. O deputado destacou também que o governo Bolsonaro é “marcado por todo tipo de irregularidade”.
— A própria trajetória da família Bolsonaro é ligada ao esquema do crime organizado, das milícias, e existe um conjunto de fatos muito graves que marcam a caminhada dele e dos filhos até chegarem onde chegaram — acrescentou.
Influência
Segundo Pimenta, com a chegada ao poder, o governo Bolsonaro passa a atuar “com um conjunto de medidas para impedir que investigações avancem”. O deputado cita como casos que circundam a reputação da família Bolsonaro os da morte de Adriano da Nóbrega; a morte da vereadora Marielle Franco; o caso Queiroz; as fake news em 2018; o gabinete do ódio, os imóveis dos filhos e o caso entre o senador Flávio Bolsonaro e a Kopenhagen.
Bolsonaro controla as instituições por meio de suas indicações, como à Procuradoria Geral da República (PGR), e despeja sua influência sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e controla a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal, avalia o deputado.
— Mas, neste momento, o governo começa a perder o controle da situação em pelo menos duas áreas sensíveis — observou.
O deputado petista pontuou, ainda, que a área de meio ambiente e a CPI do Covid são as duas frentes que desgastam a popularidade do governo Bolsonaro. A primeira área por conta de colocar a nu o consórcio de interesses que circundam o governo, com os madeireiros que o apoiaram. E a CPI da covid por ampliar seus focos de atuação. À investigação das mortes pela covid-19 soma-se agora as graves suspeitas de corrupção na compra da vacina Covaxin.