Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Mais líderes do ‘Centrão’ estariam envolvidos com a corrupção na Saúde

Arquivado em:
Sexta, 09 de Julho de 2021 às 14:03, por: CdB

Na conversa em que o parlamentar teria ouvido de Bolsonaro o nome de Ricardo Barros no esquema de corrupção na compra das vacinas indianas Covaxin, também teriam sido mencionados outros dois chefes do grupo parlamentar conhecido como ‘Centrão’.

Por Redação - de Brasília

Aumentou a pressão sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), nesta sexta-feira, com a divulgação de notícia sobre uma possível gravação da conversa entre ele, o deputado Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Mirante, em um encontro fora da agenda no Palácio da Alvorada, em março último.

luiz-miranda.jpg
O deputado Luiz Miranda (DEM-DF) citou o colega, líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros, no esquema da vacina Covaxin

Na conversa em que o parlamentar teria ouvido de Bolsonaro o nome de Ricardo Barros no esquema de corrupção na compra das vacinas indianas Covaxin, também teriam sido mencionados outros dois chefes do grupo parlamentar conhecido como ‘Centrão’. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) estariam também envolvidos no processo irregular.

‘Um susto’

Embora o áudio não tenha sido ainda divulgado, em entrevista à coluna da jornalista Mônica Bergamo no diário conservador Folha de S. Paulo (FSP), o deputado Luís Miranda sugeriu que o seu irmão Luis Ricardo Miranda, teria gravado a conversa com Jair Bolsonaro sobre a existência de um ato lesivo aos cofres brasileiros.

— Estava com meu irmão (Luis Ricardo Fernandes Miranda). E não posso impedir que a pessoa ameaçada grave (uma conversa para se defender). Se fosse eu, gravaria — disse o parlamentar ao ser questionado se o irmão gravou Bolsonaro.

Covaxin

Sobre a conversa com Jair Bolsonaro, o deputado Luís Miranda diz que ele "não é doido" de confrontar a sua versão da conversa de 50 minutos que tiveram. Afirma que se Bolsonaro fizer isso, "vai tomar um susto".

— Não pode me chamar de mentiroso, pode falar qualquer coisa, menos que sou mentiroso — reafirmou e repetiu que Bolsonaro citou o nome do líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros, ao tomar conhecimento das denúncias que encaminhou a ele sobre a intermediação da Precisa Medicamentos para a compra da vacina indiana Covaxin.

Miranda afirmou, ainda, que o esquema de corrupção no governo Bolsonaro em torno do escândalo da compra de vacinas pelo Ministério da Saúde pode ser "muito maior" do que o caso da vacina Covaxin. O deputado disse, ainda, que "os militares tinham uma presença meio não republicana” no Ministério da Saúde.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo