As principais cadeiras da Mesa Diretora já foram definidas desde setembro, quando as siglas começaram a oficializar apoio a Motta. O PL, maior bancada da Câmara, garantirá a primeira vice-presidência para Altineu Cortes (RJ).
Por Redação – de Brasília
À medida que os acertos para a definição da Mesa Diretora e das comissões avançavam, na Câmara e no Senado, o cenário permanecia indefinido às vésperas da votação, neste sábado. Os obstáculos se alternam entre partidos que apoiam Hugo Motta (Republicanos-PB) para a Presidência da Casa. A adesão tardia do União Brasil (UB) ao bloco de alianças tem dificultado a definição dos cargos.

As principais cadeiras da Mesa Diretora já foram definidas desde setembro, quando as siglas começaram a oficializar apoio a Motta. O PL, maior bancada da Câmara, garantirá a primeira vice-presidência para Altineu Cortes (RJ). Já o PT indicou Carlos Veras (PE) para ocupar a primeira-secretaria, posto responsável pelos assuntos administrativos da Casa.
As disputas nos cargos imediatamente inferiores, porém, permanecem acirradas. O UB, terceiro maior partido da Câmara e último a aderir à candidatura de Motta, pleiteia a segunda vice-presidência para Elmar Nascimento (BA); além da relatoria do Orçamento. O deputado baiano tentou, inicialmente, lançar candidatura própria à presidência da Câmara, mas foi convencido a recuar e compor com Motta. O recuo, porém, foi tardio, e outros partidos já haviam se adiantado na distribuição de postos.
Orçamento
A direção do UB, agora, busca garantir um cargo relevante para Elmar como compensação. A segunda Vice-presidência é o alvo primário, mas PP e MDB resistem. O PP apoia a indicação de Lula da Fonte (PP-PE) para o posto, enquanto o MDB reivindica a relatoria do Orçamento. Em resposta, PP e MDB propuseram oferecer ao UB a Segunda-secretaria da Mesa e a Presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas a sigla de Elmar Nascimento permanecia irredutível até o fim desta tarde.
O líder do MDB na Câmara, deputado Isnaldo Bulhões (AL), rejeitou a ideia de ceder a relatoria do Orçamento ao União Brasil.
— Nunca teve essa disputa. O acordo sempre foi muito claro: o MDB indicará o relator do orçamento. Nunca esteve na mesa a discussão de outra ideia. Não disputei nada com o União Brasil e nem eles comigo. Eles vieram para uma composição comigo, eu já estava aqui — resumiu.