Para o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), o partido tende a permanecer na oposição a Lula, o que inviabiliza a aproximação de um de seus principais quadros à atual gestão petista.
13h49 – de Brasília
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem buscado ampliar as negociações com o grupo que congrega desde a direita à ultradireita, chamado ‘Centrão’, mas tem encontrado obstáculos. Embora aliados do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e alguns integrantes do governo tenham indicado que o parlamentar assumirá o Ministério da Agricultura, há resistências dentro do partido.
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Para o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), o partido tende a permanecer na oposição a Lula, o que inviabiliza a aproximação de um de seus principais quadros à atual gestão petista.
Lira, por sua vez, também nega nos bastidores a possibilidade de assumir algum ministério, mas apoiaria em tese que o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), segundo apurou a mídia conservadora, venha a substituir o deputado licenciado Alexandre Padilha (PT-SP) na articulação política do governo.
Hoffmann
Com a reforma ministerial em marcha, o foco se volta para as eleições de 2026.
Aos jornalistas, nesta manhã, ao se referir às mudanças no gabinete, Lula disse que ainda não conversou com a presidente do Partido dos Trabalhadores, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), sobre sua possível ida para o governo, mas disse que ela poderia assumir qualquer ministério.
— Até agora não tem nada definido. Eu não conversei com ela, ela não conversou comigo. A companheira Gleisi já foi ministra chefe da Casa Civil da Dilma. Eu estava preso, e fui um dos responsáveis pela companheira Gleisi virar presidenta do nosso partido. A Gleisi é um quadro muito refinado. Politicamente, tem pouca gente nesse país mais refinado que a Gleisi — elogiou.