Entre as trocas de ministérios avaliadas, segundo apuro o canal norte-americano de TV CNN, está o da Pesca, para que o PSD assuma o Turismo, o Esporte ou as Comunicações.
Por Redação – de Brasília
Agrada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ideia de fortalecer o PSD e o MDB, na Esplanada dos Ministérios, enquanto afasta legendas dominadas pela extrema direita, já pensando em uma aliança eleitoral para a disputa presidencial do ano que vem. Partidos como o União Brasil (UB) e o PP, que não devem estar com Lula nas eleições, tendem a perder ministérios.

Entre as trocas de ministérios avaliadas, segundo apuro o canal norte-americano de TV CNN, está o da Pesca, para que o PSD assuma o Turismo, o Esporte ou as Comunicações. Já o MDB pode aumentar seu número de pastas de três para quatro, assumindo Ciência e Tecnologia ou Pesca.
Nessa fórmula, o União Brasil e o PP tendem a perder espaço no primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios. Os partidos devem decidir se ficam ou não no governo nos próximos meses, mas a oposição a Lula nas eleições de 2026 é dada como certa.
Fidelidade
Atualmente, o PP controla o Esporte, enquanto o União Brasil comanda Turismo e Comunicações; além de uma indicação do senador Davi Alcolumbre (União-AP) para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.
Nas votações ocorridas no Congresso, ao longo dos últimos dois anos, no entanto, o PP apresentou um nível maior de fidelidade do que o exemplar da esquerda PSOL. Já o União Brasil costuma dividir sua bancada e tem uma dos maiores índices de infidelidade entre os partidos governistas. As negociações políticas em curso, portanto, mostram diferentes direções na definição da equipe que acompanhará o presidente até as urnas, no ano que vem
O PSD de Gilberto Kassab, por exemplo, resiste à proposta de parte do ‘Centrão’ para acomodar o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), no primeiro escalão do governo. O plano tem sido acalentado pelo provável futuro presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que Lira ocupe o Ministério da Agricultura, hoje comandado pelo senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-PR).
Bancada
O partido de Kassab — que hoje integra o secretariado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) — busca outra configuração. Na proposta levada ao Palácio do Planalto por Hugo Motta, o líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), seria nomeado no Desenvolvimento Social, pasta hoje comandada pelo petista Wellington Dias (PT).
Brito, no entanto, informou ao grupo que não aceitaria esse convite, embora tenha dito a eles ter o sonho de comandar a área social. A resposta do líder da bancada na Câmara foi precedida de conversas com a cúpula do PSD.
Segundo relatos, essa proposta beneficiaria o ‘Centrão’, mas provocaria um abalo interno no PSD. Primeiro, porque exigiria a exoneração de Fávaro e poderia abrir articulação para saída de Alexandre Silveira (Minas e Energia), também do PSD e da cota de auxiliares dos quais Lula mais gosta.
Além disso, implicaria a volta de Welington Dias para o Senado, tirando a vaga da suplente, que é do PSD.