"Sei a distinção dos papéis entre um advogado e um ministro do Supremo Tribunal Federal, se aprovado por este Senado. Mas saibam, senhoras senadoras e senhores senadores, que na verdade eu não vou mudar de lado, pois o meu lado sempre foi o mesmo: o lado da Constituição e das garantias, do amplo direito de defesa, do devido processo legal", afirmou Zanin.
Por Redação - de Brasília
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) — aprovado no Plenário do Senado por 58 votos contra 18 negativos —, o advogado Cristiano Zanin disse, na sabatina promovida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nesta quarta-feira, que conhece bem “a distinção dos papéis entre um advogado e um ministro do Supremo Tribunal Federal”. Ele também rechaçou o rótulo de “advogado pessoal” de Lula.

— Sei a distinção dos papéis entre um advogado e um ministro do Supremo Tribunal Federal, se aprovado por este Senado. Mas saibam, senhoras senadoras e senhores senadores, que na verdade eu não vou mudar de lado, pois o meu lado sempre foi o mesmo: o lado da Constituição e das garantias, do amplo direito de defesa, do devido processo legal. Para mim só existe um lado. O outro, é barbárie, é abuso de poder. Com muita honra e humildade sinto-me seguro e com a experiência necessária para (…) passar a julgar temas relevantes e de extremo impacto à nossa sociedade — afirmou Zanin.
Maestria
Ainda segundo o agora magistrado da Corte Suprema, ele era advogado.
— Alguns me rotulam como ‘advogado pessoal’ porque lutei pelos direitos individuais, mesmo contra a maré, sempre respeitando as leis brasileiras e a Constituição. Também há quem me classifique como ‘advogado de luxo’, porque defendi estritamente com base nas leis brasileiras causas empresariais, de agentes internacionais importantes para a economia e que empregam milhares de pessoas. (…) Sempre procurei desempenhar minha função com maestria, acreditando no que é mais caro para qualquer profissional do Direito: a Justiça — concluiu.