Toffoli já havia determinado à Lava Jato nos Estados do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo que liberassem os dados da operação à Procuradoria-Geral da República (PGR). A medida foi tomada em ação na Corte Suprema, cujo relator é o ministro Edson Fachin. Ele questiona a possível ingerência dos procuradores ao investigar o presidente da Câmara.
Por Redação - de Brasília
Relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin derrubou, nesta segunda-feira, a decisão do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, quanto ao compartilhamento de dados da força-tarefa da Operação Lava Jato com a cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão anula todos os atos praticados pela Polícia Federal (STF) após a liberação das informações.
Toffoli já havia determinado à Lava Jato nos Estados do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo que liberassem os dados da operação à Procuradoria-Geral da República (PGR). A medida foi tomada em ação na Corte Suprema, cujo relator é o ministro Edson Fachin. Ele questiona a possível ingerência dos procuradores ao investigar os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), quando ambos possuem prerrogativa de foro privilegiado.
Nova CPI
Em uma transmissão, pela internet na última sexta-feira, Aras questionou os métodos empregados na operação, que agora será passada a limpo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Jato, a ser instalada na Câmara após receber o número necessário de assinaturas para ser instalada.
Além de parlamentares da oposição, integrantes da centro-direita também apoiam a iniciativa.
Aos senadores que o interpelaram, Aras afirmou que a República não combina com heróis, referindo-se, de forma velada, ao ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores que integram a força-tarefa, liderados por Deltan Dallagnol.
No STF, o ministro Gilmar Mendes relata o pedido de suspeição de Moro, enquanto no Parlamento uma lei poderá determinar o período de quarentena de oito anos para magistrado que queira pleitear cargo público. No Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), está em curso uma ação contra Dallagnol.