Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Dino vota contra Eduardo Cunha por corrupção, em estreia no STF

Dino alinhou seu voto ao do ministro Edson Fachin, relator dos processos no âmbito da Lava Jato, e concordou em manter a investigação sob a jurisdição da Justiça Federal do Distrito Federal. Dias Toffoli também acompanhou o voto do relator, enquanto o ministro Cristiano Zanin declarou-se impedido.

Terça, 27 de Fevereiro de 2024 às 21:58, por: CdB

Dino alinhou seu voto ao do ministro Edson Fachin, relator dos processos no âmbito da Lava Jato, e concordou em manter a investigação sob a jurisdição da Justiça Federal do Distrito Federal. Dias Toffoli também acompanhou o voto do relator, enquanto o ministro Cristiano Zanin declarou-se impedido.


Por Redação - de Brasília

Em sua estreia na toga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino proferiu seu primeiro parecer no âmbito da ‘Operação Lava Jato’ negando o pedido de Eduardo Cunha (MDB-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados, para transferir para a Justiça Eleitoral a investigação sobre supostas propinas no valor de R$ 20 milhões. O valor teria sido repassado pela empreiteira Odebrecht ao ex-parlamentar no contexto das obras do Projeto Madeira. A sessão que deliberou sobre o caso ocorreu no plenário virtual do STF.

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Dino recebeu os aplausos do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e do presidente Lula


Dino alinhou seu voto ao do ministro Edson Fachin, relator dos processos no âmbito da Lava Jato, e concordou em manter a investigação sob a jurisdição da Justiça Federal do Distrito Federal. Dias Toffoli também acompanhou o voto do relator, enquanto o ministro Cristiano Zanin declarou-se impedido de participar do julgamento. Os demais integrantes da Corte têm até a próxima sexta-feira, para se manifestar.

 

Propina


Caso o pedido principal - para remessa dos autos à Justiça Eleitoral - não seja atendido, a defesa de Cunha pede subsidiariamente que os inquéritos tramitem junto a um juízo específico, o da 12ª Vara Federal do DF. Em seu voto, Fachin negou também esse pedido do ex-parlamentar.

A investigação foi iniciada com base nas delações de executivos da Odebrecht, que alegaram o pagamento de R$ 20 milhões a Eduardo Cunha, relacionado ao Projeto Madeira da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. O Ministério Público Federal (MPF) sustenta que o ex-deputado teria influenciado o projeto, em favor da construtora, que enfrentava dificuldades.

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