Arturo Ordóñez do grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional teria planejado o ataque que deixou 22 mortos em janeiro. Detido é acusado ainda de recrutar menores para a guerrilha.
Por Redação, com DW - de Bogotá
As autoridades da Colômbia prenderam na sexta-feira Arturo Ordóñez, conhecido como "El Elefante", chefe da frente urbana do Exército de Libertação Nacional (ELN) e um dos autores intelectuais do atentado contra a Escola de Cadetes de Polícia General Francisco de Paula Santander, em Bogotá, que deixou 22 mortos em meados de janeiro. – Demos um golpe muito forte no grupo terrorista ELN. Hoje foi capturado, em uma operação impecável, Arturo Ordóñez, chefe da frente urbana do ELN – anunciou o presidente colombiano, Iván Duque. O presidente afirmou que "El Elefante" entrou na guerrilha há 37 anos. A prisão foi feita por membros do Comando Conjunto de Operações Especiais (Cecoes), em parceria com a inteligência do Exército. Segundo Duque, o detido é um dos responsáveis por planejar vários atentados dos guerrilheiros no país. – Este é um golpe contra um dos criminosos mais perigosos do país – disse Duque. Além do atentado em Bogotá, Ordóñez é acusado de recrutar menores e executar ataques nos departamentos de Antioquia, Cundinamarca e Tolima. No último dia 17 de janeiro, um guerrilheiro suicida detonou um carro-bomba contra a escola, deixando 22 cadetes da polícia mortos e outros 66 feridos. O incidente levou ao fim do já complicado processo de paz entre o grupo guerrilheiro e o governo. Duque disse que só está disposto a retomar o diálogo se os guerrilheiros libertarem todos os sequestrados que estão em seu poder e se comprometerem a encerrar todas as "ações criminosas". O presidente solicitou ainda que o governo de Cuba entregue os negociadores do ELN que participavam das negociações de paz no país. Com cerca de 1,8 mil combatentes e uma extensa rede de apoio, o ELN opera em diversos estados colombianos.