Rio de Janeiro, 26 de Dezembro de 2025

Atentado à bomba contra mesquita na Síria deixa mortos e feridos

Uma explosão em Homs, na Síria, resultou na morte de ao menos cinco pessoas e ferimentos em mais de 20 durante as orações de sexta-feira. Entenda o contexto e as consequências deste ataque.

Sexta, 26 de Dezembro de 2025 às 12:08, por: CdB

A cidade de Homs, predominantemente sunita, tem diversos bairros habitados pela minoria alauíta.

Por Redação, com RTP – de Homs, na Síria

Uma explosão no interior de uma mesquita da minoria alauíta em Homs, no oeste da Síria, provocou nesta sexta-feira a morte de ao menos cinco pessoas. O Ministério sírio da Saúde, citado pela agência estatal de notícias Sana, fala em mais de duas dezenas de feridos.

Atentado à bomba contra mesquita na Síria deixa mortos e feridos | Ministério da Saúde informa que há cerca de 20 feridos
Ministério da Saúde informa que há cerca de 20 feridos

“Uma explosão terrorista atingiu a Mesquita Ali Ben Abi Taleb durante as orações de sexta-feira na Rua Al-Khadri, no distrito de Wadi al-Dahab, em Homs”, informou o Ministério do Interior em comunicado.

O administrador local, Issam Naameh, acrescentou à Reuters que a explosão ocorreu durante as orações do meio-dia desta sexta-feira, normalmente a hora de maior movimento nas mesquitas.

À agência Sana publicou imagens de equipes de resgate e forças de segurança examinando os destroços espalhados pelo tapete verde da mesquita. Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), organização não governamental (ONG) com sede no Reino Unido e uma vasta rede de fontes na Síria, disse que ainda não é possível determinar se a explosão foi causada por um atentado suicida ou por um engenho explosivo improvisado.

A cidade de Homs, predominantemente sunita, tem diversos bairros habitados pela minoria alauíta.

Minoria muçulmana

É a esta minoria muçulmana que pertence o presidente Bashar al-Assad, deposto em dezembro de 2024 por uma coligação de grupos rebeldes islâmicos sunitas liderados por Ahmad al-Sharaa, atual presidente em exercício da Síria. Desde então, a comunidade tem sido alvo de ataques. A Síria vem sendo atingida por vários episódios de violência desde que o antigo líder Bashar al-Assad, alauita, foi deposto por uma ofensiva rebelde no ano passado e substituído por um governo liderado por membros da maioria muçulmana sunita.

Segundo uma comissão nacional de inquérito, pelo menos 1.426 dos seus membros foram mortos em confrontos ocorridos em março entre as forças de segurança e homens leais a Bashar al-Assad, no oeste do país.

O Observatório Sírio estimou o número de mortos em mais de 1,7 mil, a maioria alauitas.

No início deste mês, dois soldados norte-americanos e um intérprete civil foram mortos no centro da Síria por um atacante descrito pelas autoridades como suspeito, membro do Estado Islâmico, um violento grupo muçulmano sunita.

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