Investigação aponta que o funcionário, afastado por problemas psiquiátricos, matou duas servidoras do Cefet antes de tirar a própria vida, em um ataque que mobilizou PM, Bombeiros e a Delegacia de Homicídios.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O ataque que deixou duas servidoras mortas no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), no Maracanã, continua sob investigação e revela um cenário marcado por sinais prévios de instabilidade emocional do agressor. Segundo informações divulgadas pelo portal G1, o funcionário João Antônio estava afastado do trabalho havia 60 dias por problemas psiquiátricos antes de voltar ao prédio armado e matar as colegas Allane Pedrotti e Layse Pinheiro.

Entre 2019 e 2020, João chegou a ocupar cargo de coordenação na área pedagógica do Ensino Médio e Técnico. Nos últimos tempos, porém, acumulava afastamentos e demonstrava interesse em retornar ao setor onde Allane atuava como diretora da Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento de Ensino. Já Layse era psicóloga da instituição.
De acordo com os relatos colhidos pela Polícia Militar, João entrou primeiro na sala de Allane e efetuou disparos à queima-roupa, atingindo a servidora na nuca e no ombro. Em seguida, se dirigiu a outra sala, onde estava Layse, e voltou a atirar, acertando-a na cabeça e no abdômen. Depois dos ataques, tirou a própria vida. A pistola Glock .380 utilizada no crime foi encontrada ao lado do corpo.
As investigações
Equipes da PM evacuaram rapidamente o prédio para verificar se havia outras ameaças. O Corpo de Bombeiros prestou os primeiros socorros às servidoras, que foram levadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiram aos ferimentos. A Delegacia de Homicídios da Capital conduz as investigações para entender a motivação do ataque e analisar o histórico funcional e médico do agressor.
A polícia ainda apura por que João, afastado por questões psiquiátricas e supostamente interessado em retornar ao setor de uma das vítimas, teve acesso à arma e conseguiu entrar armado na instituição sem ser interceptado. A conclusão do inquérito deve esclarecer as circunstâncias do crime e apontar possíveis falhas de segurança interna.