Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Autor de ataque no Cefet estava afastado por questões psiquiátricas

Investigação revela que funcionário afastado por problemas psiquiátricos matou duas servidoras do Cefet antes de se suicidar. Entenda o caso.

Sábado, 29 de Novembro de 2025 às 12:32, por: CdB

Investigação aponta que o funcionário, afastado por problemas psiquiátricos, matou duas servidoras do Cefet antes de tirar a própria vida, em um ataque que mobilizou PM, Bombeiros e a Delegacia de Homicídios.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

O ataque que deixou duas servidoras mortas no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), no Maracanã, continua sob investigação e revela um cenário marcado por sinais prévios de instabilidade emocional do agressor. Segundo informações divulgadas pelo portal G1, o funcionário João Antônio estava afastado do trabalho havia 60 dias por problemas psiquiátricos antes de voltar ao prédio armado e matar as colegas Allane Pedrotti e Layse Pinheiro.

Autor de ataque no Cefet estava afastado por questões psiquiátricas | Atirador do Cefet encontrava-se afastado devido a problemas de saúde mental
Atirador do Cefet encontrava-se afastado devido a problemas de saúde mental

Entre 2019 e 2020, João chegou a ocupar cargo de coordenação na área pedagógica do Ensino Médio e Técnico. Nos últimos tempos, porém, acumulava afastamentos e demonstrava interesse em retornar ao setor onde Allane atuava como diretora da Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento de Ensino. Já Layse era psicóloga da instituição.

De acordo com os relatos colhidos pela Polícia Militar, João entrou primeiro na sala de Allane e efetuou disparos à queima-roupa, atingindo a servidora na nuca e no ombro. Em seguida, se dirigiu a outra sala, onde estava Layse, e voltou a atirar, acertando-a na cabeça e no abdômen. Depois dos ataques, tirou a própria vida. A pistola Glock .380 utilizada no crime foi encontrada ao lado do corpo.

As investigações

Equipes da PM evacuaram rapidamente o prédio para verificar se havia outras ameaças. O Corpo de Bombeiros prestou os primeiros socorros às servidoras, que foram levadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiram aos ferimentos. A Delegacia de Homicídios da Capital conduz as investigações para entender a motivação do ataque e analisar o histórico funcional e médico do agressor.

A polícia ainda apura por que João, afastado por questões psiquiátricas e supostamente interessado em retornar ao setor de uma das vítimas, teve acesso à arma e conseguiu entrar armado na instituição sem ser interceptado. A conclusão do inquérito deve esclarecer as circunstâncias do crime e apontar possíveis falhas de segurança interna.

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