O governo do presidente norte-americano enviou uma força militar massiva para o Caribe para atacar supostos traficantes de drogas e pressionar o regime na Venezuela.
Por Redação, com ANSA – de Washington, Caracas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que os “dias de Nicolás Maduro estão contados”, reforçando sua posição dura em relação ao governo venezuelano, e que considera ataques no México e na Colômbia, países com grande fluxo de drogas.

A declaração foi dada durante entrevista publicada no site Politico, nesta terça-feira. Ao ser questionado se descartaria a possibilidade de uma invasão terrestre na Venezuela, o republicano evitou uma resposta direta.
– Não quero confirmar nem descartar. Não falo sobre isso – disse Trump, acrescentando: “Não quero falar com vocês sobre estratégia militar”.
Na sequência, o líder norte-americano afirmou que um de seus principais objetivos é garantir que o “povo venezuelano seja bem tratado”: “Quero que o povo venezuelano, muitos dos quais vivem nos Estados Unidos, seja respeitado”.
Segundo ele, a comunidade venezuelana tem demonstrado grande apoio ao seu projeto político. “Eles têm sido extraordinários comigo. Votaram em mim com 94% ou algo assim. Quero dizer, é incrível.”
Mesmo afirmando estar empenhado em uma agenda de paz no exterior, Trump também enfatizou que poderia ampliar ainda mais as ações militares na América Latina contra alvos que, segundo ele, estão ligados ao narcotráfico, incluindo o México e a Colômbia.
Fluxo de drogas na região
O governo do presidente norte-americano enviou uma força militar massiva para o Caribe para atacar supostos traficantes de drogas e pressionar o regime na Venezuela.
Na entrevista, Trump explicou que o envio de tropas para a América Latina não tinha como foco derrubar Maduro do poder. Apesar disso, ele culpa o líder venezuelano pelo fluxo de drogas na região.
Líderes da direita americana teriam alertado o presidente dos EUA de que uma invasão terrestre no país seria uma linha vermelha para os conservadores que votaram nele em parte para acabar com as guerras no exterior.