Segundo a Casa Branca, o foco estratégico visa “restaurar a supremacia norte-americana” na América Latina.
Por Redação, com ANSA – de Washington
O governo do presidente Donald Trump apresentou nesta sexta-feira uma nova estratégia de política externa que representa uma mudança significativa na postura global dos Estados Unidos, passando a dar maior ênfase à América Latina e ao combate à imigração.

O plano prevê um “reajuste de nossa presença militar global para enfrentar ameaças urgentes em nosso hemisfério, afastando-nos de teatros cuja relevância relativa para a segurança nacional americana diminuiu nas últimas décadas ou anos”.
Segundo a Casa Branca, o foco estratégico visa “restaurar a supremacia norte-americana” na América Latina.
O texto reforça ainda que os Estados Unidos de Trump querem acabar com a imigração em massa em todo o mundo e fazer do controle de fronteiras “o principal elemento da segurança americana”.
“A era da imigração em massa deve acabar. A segurança das fronteiras é o principal elemento da segurança nacional”, reitera o documento, intitulado “Estratégia de Segurança Nacional”.
Para o governo republicano, o país deve ser protegido “da invasão, não apenas da imigração descontrolada”, mas também de ameaças transfronteiriças, como terrorismo, tráfico de drogas, espionagem e redes de tráfico de pessoas.
A publicação da nova estratégia de política externa ocorre enquanto o país aumenta a mobilização militar no Caribe e se intensificam as tensões com o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela.
Novo documento
O novo documento delineia três elementos principais no realinhamento militar: uma presença mais adequada da Guarda Costeira e da Marinha para controlar as rotas marítimas; empregos direcionados para proteger a fronteira e derrotar cartéis; e estabelecimento ou ampliação do acesso em locais de importância estratégica.
“Negaremos a competidores de fora do Hemisfério a capacidade de posicionar forças ou outras capacidades ameaçadoras, ou de possuir ou controlar ativos de importância estratégica em nosso Hemisfério”, acrescenta o documento.
O governo Trump também afirma que a influência de alguns países sobre a América Latina “será difícil de reverter”, mas destaca que os EUA apostarão no fato de que, muitas vezes, essas relações são guiadas mais por interesses comerciais do que por alinhamentos ideológicos.