Venezuela

O navio com cerca de 1,1 milhão de barris de petróleo foi tomado pelos EUA, nessa quarta-feira, em águas internacionais.

Entre os republicanos, 67% apoiam os ataques e 19% se opõem a eles; entre os democratas, 80% se opõem e 9% apoiam.

Empresas de diferentes países cancelaram operações em Caracas após pressão dos EUA.

Segundo a Casa Branca, o foco estratégico visa "restaurar a supremacia norte-americana" na América Latina.

A suspensão atinge países que já estavam sujeitos a restrições parciais desde junho, mas agora impõe novas barreiras à imigração.

Ainda de acordo com o Planalto, “o presidente Lula igualmente ressaltou a urgência em reforçar a cooperação com os EUA para combater o crime organizado internacional”.

Os ataques a barcos são a segunda questão em uma semana a provocar objeções dos republicanos, que vinham apoiando fortemente praticamente todas as iniciativas políticas do presidente Donald Trump.

Nas últimas semanas, diversas empresas de aviação civil já suspenderam voos para o país sul-americano, em meio à escalada da tensão entre Caracas e Washington.

Por Milton Rondó  – De Colombo a Trump, a repetição histórica da violência predatória revela a recusa em reconhecer nossas próprias riquezas internas.

O cancelamento das operações é uma resposta a um alerta emitido pela autoridades dos EUA sobre os riscos de sobrevoar o espaço aéreo controlado pelo Aeroporto Internacional de Maiquetía, que atende Caracas.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que o "Cartel de losSoles" — nome do grupo em espanhol — é "uma das maiores organizações criminosas que existem no Hemisfério (Ocidental)”.

Os relatos de ações iminentes, no entanto, proliferaram nas últimas semanas, depois que os militares dos EUA enviaram forças para o Caribe.

Lula falou em entrevista à imprensa brasileira e estrangeira ao final do encontro de líderes do G20, na capital da África do Sul.

Segundo a reportagem, citando fontes, a iniciativa teria como objetivo preparar o terreno para eventuais ações do governo norte-americano em território venezuelano.

Esse foi um dos primeiros sinais de um possível caminho para acalmar a situação tensa na região, à medida que os EUA realizam campanha de ataques mortais contra barcos suspeitos de tráfico de drogas.

Batizada como Lança do Sul, a iniciativa chega na esteira dos bombardeios norte-americanos contra embarcações de supostos traficantes de drogas perto da costa da Venezuela, que já assassinaram ao menos 80 pessoas ao longo dos últimos meses.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou o envio do Ford no mês passado, somando-se aos oito navios de guerra, um submarino nuclear e aeronaves F-35 já presentes no Caribe.

O presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu a possibilidade de operações terrestres na Venezuela, dizendo que "a terra será a próxima" após vários ataques a supostas embarcações de tráfico de drogas no Caribe.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, solicitou a Moscou apoio militar, incluindo reparos nos caças Sukhoi de fabricação russa, atualizações nos sistemas de radar e a entrega de sistemas de mísseis.

Na véspera, em entrevista às agências internacionais na capital paraense, Lula disse que conversou com o presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o assunto no encontro que tiveram na Malásia, em outubro.