O ex-mandatário será ouvido pelas autoridades na Superintendência da PF, em Brasília, onde cumpre uma pena de mais de 27 anos de reclusão.
Por Redação, com ANSA – de Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro será interrogado pela Polícia Federal (PF) em 30 de dezembro sobre os documentos e bens pessoais encontrados em dois cofres no Palácio da Alvorada, em junho deste ano.

O ex-mandatário será ouvido pelas autoridades na Superintendência da PF, em Brasília, onde cumpre uma pena de mais de 27 anos de reclusão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
A oitiva, que recebeu sinal verde do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acontecerá na manhã do dia 30. A apuração é coordenada pela Divisão de Segurança Ativa e Polícia Judiciária e busca entender a origem dos documentos.
De acordo com a decisão do magistrado, os itens pertencentes a Bolsonaro foram encontrados em 25 de junho, quando a Presidência da República revelou a existência dos cofres para a PF.
Por unanimidade, STF condena cinco réus do ‘núcleo 2’ da trama golpista
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na terça-feira condenar cinco réus do chamado “núcleo 2” da trama golpista. As penas variam de oito a 26 anos de prisão.
Os magistrados Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino votaram para condenar o general Mário Fernandes, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, o ex-coronel Marcelo Câmara, o ex-assessor de Jair Bolsonaro Filipe Martins e a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça Marília de Alencar.
Quatro integrantes do “núcleo 2” foi condenado por todos os crimes denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR): golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e organização criminosa.
Alencar, por sua vez, acabou sendo condenada pelos ministros do STF por organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Os magistrados, contudo, votaram para absolver Fernando Oliveira, delegado da Polícia Federal e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Os condenados também precisarão pagar R$ 30 milhões pelos danos provocados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e estão inelegíveis por oito anos.