Além de FHC, outros tucanos também já dialogaram com o petista recentemente, como o ex-chanceler Aloysio Nunes e o ex-ministro Arthur Virgílio Neto. Lula tem, entre os tucanos, o nome do ex-integrante da legenda Geraldo Alckmin, cotado para ser seu vice na chapa presidencial.
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder disparado nas pesquisas de opinião para as eleições deste ano, tem ampliado o diálogo com os mais diversos setores da política brasileira e mundial. Nesta semana, Lula tem encontros marcados com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e com o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, filiado ao PSOL.
Lula e Boulos tem se mantido unidos nas principais campanhas eleitorais e não deve ser diferente agora
Além de FHC, outros tucanos também já dialogaram com o petista recentemente, como o ex-chanceler Aloysio Nunes e o ex-ministro Arthur Virgílio Neto. Lula tem, entre os tucanos, o nome do ex-integrante da legenda Geraldo Alckmin, cotado para ser seu vice na chapa presidencial. O líder petista tem defendido a ampliação do diálogo para fazer frente ao bolsonaristmo.
Em mais um sinal de entendimento entre setores da centro-esquerda e da direita, o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) disse a jornalistas, nesta manhã, que irá participar ativamente da campanha do petista Fernando Haddad ao governo de São Paulo “ao menos duas vezes por semana” no Estado de São Paulo.
Pesquisa
Haddad avalia, ainda, que poderá disputar um provável segundo turno contra o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), escalado pelo governador, João Doria (PSDB), para disputar a sua sucessão. Alckmin também já teria dito a aliados que a parceria com Lula é a melhor maneira para derrotar o governador e presidenciável João Doria (PSDB), seu adversário político.
De acordo com a última pesquisa Datafolha, Fernando Haddad lidera a disputa estadual com 28% de intenções de votos. Márcio França (PSB) aparece em segundo, com 19%; Guilherme Boulos (PSOL) vem em terceiro, com 11%; Tarcísio de Freitas (sem partido) em quarto, com 7% e Rodrigo Garcia (PSDB) em quinto, com 6%.
Em seguida aparecem Arthur do Val (Patriota), com 3%; Abraham Weintraub (sem partido) e Vinicius Poit (Novo), ambos com 1%. Brancos e nulos somam 21% e os indecisos, 4%.
Agronegócio
Os contatos de Lula à direita vão muito além do campo político. Na última quinta-feira, Lula reuniu-se com empresários do agronegócio, que reclamaram do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da má relação do governo com a China, principal cliente brasileiro.
Na avaliação do grupo que esteve com o ex-presidente no escritório de seu advogado Cristiano Zanin, na capital paulista, o Brasil poderia estar vendendo muito mais para a China se não fossem os ataques de Ernesto Araújo, Eduardo Bolsonaro e de outros integrantes do governo ao país, ao longo da pandemia.
O embargo da carne brasileira pela China foi, na visão dos empresários, uma retaliação política a esse tipo de postura, o que fez o setor perder milhões de dólares em receita.
