Rio de Janeiro, 19 de Maio de 2025

Equipe política do governo Lula ainda tenta derrubar o PL da Anistia

A equipe de Gleisi Hoffmann busca derrubar o PL da Anistia, articulando com parlamentares para reverter apoio ao requerimento de urgência. Entenda os bastidores.

Quarta, 16 de Abril de 2025 às 21:08, por: CdB

A movimentação de assessores da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), visa aproveitar os próximos feriados, adiante, para buscar os parlamentares que assinaram o requerimento protocolado pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Por Redação – de Brasília

Uma vez aprovado o requerimento de urgência para a votação do projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem, agora, uma nova meta, articulada nos bastidores do Congresso. A estratégia baseia-se em dispositivos do regimento interno da Câmara, que podem permitir a retirada da urgência da pauta, segundo apurou a mídia conservadora.

Equipe política do governo Lula ainda tenta derrubar o PL da Anistia | A ministra Gleisi Hoffmann negocia a derrubada do PL da Anistia
A ministra Gleisi Hoffmann negocia a derrubada do PL da Anistia

A movimentação de assessores da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), visa aproveitar os próximos feriados, adiante, para buscar os parlamentares que assinaram o requerimento protocolado pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), e levá-los a subscrever um novo pedido — desta vez, retirada do apoio.

 

Fiel da balança

De acordo com o regimento, seriam necessárias ao menos 132 assinaturas para anular a tramitação prioritária, uma vez que o pedido original teve apoio de 262 deputados. O cerne político do Planalto, no entanto, trabalha com a hipótese de que Hugo Motta poderia barrar a urgência com base em argumentos regimentais, mesmo com uma quantidade menor de apoios contrários.

Fontes palacianas disseram a colunistas que a Casa Civil está mapeando os cargos e emendas destinados a cada parlamentar que apoiou a urgência. A ideia é deixar claro que manter a assinatura pode custar o que já foi conquistado — ou mesmo o que ainda está pendente. Em paralelo, revisões nas nomeações políticas também estão sendo utilizadas como instrumento de pressão.

Mesmo que o governo obtenha o número mínimo de assinaturas para cancelar o requerimento, a decisão final deverá passar pela Mesa Diretora da Câmara. O presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), de qualquer forma, permanece como o fiel da balança e, até agora, não deu pistas sobre qual será sua posição diante da questão levantada.

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