A definição dos cargos nas comissões e o rito de apresentação do documento, à Casa, estão por sua conta. Segundo o líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) na Câmara, José Guimarães (PT), por exemplo, a relatoria do novo arcabouço fiscal vai ficar com o PP, partido de Arthur Lira.
Por Redação - de Brasília
Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) desistiu de integrar a comitiva oficial liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, na próxima semana, como estava previsto. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), está confirmado. A delegação de cerca de 200 pessoas inclui ministros, parlamentares e empresários.
— Eu falei para o Haddad: 'olha, nós não temos que indicar o nosso modelo de marco fiscal agora. Nós vamos viajar para China, quando a gente voltar, Haddad, você reúne, sabe — disse o deputado.
A definição dos cargos nas comissões e o rito de apresentação do documento, à Casa, estão por sua conta. Segundo o líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) na Câmara, José Guimarães (PT), por exemplo, a relatoria do novo arcabouço fiscal vai ficar com o PP, partido de Arthur Lira. Guimarães e Lira reuniram-se na véspera, após o deputado petista se reunir com Fernando Haddad (PT), titular da Fazenda.
Área social
O arcabouço fiscal é um mecanismo de controle das contas públicas. O Ministério da Fazenda se articula para enviar, ainda nesta semana, o projeto de lei que vai tramitar no Congresso e cujo foco é substituir o teto de gastos.
— Ainda não sabemos como será o texto, que está sendo alinhado pelo ministro Haddad com o presidente Lula e só virá para o Congresso depois que o presidente aprovar — afirmou Guimarães.
Nomes mais alinhados a Lula, como a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, apontam que o novo arcabouço terá que priorizar gastos na área social. Haddad, contudo, tem sido orientado a redigir um texto palatável pelo mercado financeiro.