Zambelli também encontra-se condenada à perda do mandado, após todos os recursos possíveis, e ao pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos.
Por Redação – de São Paulo
A deputada Carla Zambelli, do PL de São Paulo, foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão da primeira turma foi unânime.

Zambelli também encontra-se condenada à perda do mandado, após todos os recursos possíveis, e ao pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos. A quantia será dividida com o hacker Walter Delgatti, réu confesso e já condenado a oito anos e três meses de prisão, no mesmo processo.
A condenação veio pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica. Caso ocorreu em 2023.
Moraes
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que Zambelli foi a autora intelectual da invasão para a emissão de um mandato falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, na ação de Delgatti. Ele confirma que cumpriu a ação a mando de Zambelli.
Cabe recurso da decisão, mas a deputada Zambelli responde a outro processo no STF pelo episódio em que sacou uma arma de fogo e perseguiu um jornalista às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, pelo qual também deverá ser condenada.
— Se acontecer de ter a prisão, vou me apresentar para a prisão. Mas não me vejo capaz de ser cuidada da maneira como eu devo ser cuidada. Eles (os médicos) são unânimes em afirmar que eu não sobreviveria na cadeia — disse a deputada, que alega sofrer de depressão, síndrome da taquicardia postural ortostática e síndrome de Ehlers-Danlos.
Em uma cena teatral, o assessor da parlamentar entregou-lhe uma caixa com medicamentos para que ela tomasse os comprimidos diante das câmeras.