Além de solicitar a divulgação dos nomes, Randolfe quer que o Senado informe se os dois acusados de terrorismo estiveram em algum gabinete no dia da reunião. O caso pode parar no Conselho de Ética caso haja indício de que algum senador tenha facilitado ou se envolvido com suspeitos de terrorismo.
Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília
A presidência do Senado mantém o sigilo sobre os responsáveis pela entrada de dois suspeitos de terrorismo nas dependências da Casa no último dia 30 de novembro. Na ocasião, George Washington de Sousa, que no último dia 24 foi preso por planejar explodir uma bomba no aeroporto de Brasília, e Alan Diego dos Santos, acusado de ser cúmplice de Sousa, participaram de uma reunião da Comissão de Transparências, Fiscalização e Controle (CTFC).
Em pedido protocolado na última segunda-feira, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acionou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para que sejam divulgados os nomes dos responsáveis por autorizar a presença dos dois homens na Casa. No dia em que eles estiveram no local, bolsonaristas discutiam denúncias não comprovadas de fraude no processo eleitoral.
Dois homens
Segundo a jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a Polícia do Senado já tem em mãos os nomes dos responsáveis por autorizar as entradas dos dois homens. Entretanto, pelo menos até a manhã desta quarta-feira, os nomes haviam sido revelados.
A alegação seria de que a divulgação atentaria contra a privacidade do gabinete do Senador que autorizou o acesso.
Além de solicitar a divulgação dos nomes, Randolfe quer que o Senado informe se os dois acusados de terrorismo estiveram em algum gabinete no dia da reunião. O caso pode parar no Conselho de Ética caso haja indício de que algum senador tenha facilitado ou se envolvido com suspeitos de terrorismo.