Rio de Janeiro, 08 de Julho de 2025

Recurso levado ao STF por Bolsonaro, contra inelegibilidade, está com Luiz Fux

Zanin se declarou impedido pois, quando era advogado do presidente Luis Inácio Lula da Silva, que o indicou para a vaga no Supremo, o ministro apresentou uma ação similar contra Bolsonaro no âmbito das eleições de 2022. Ele tomou a atitude em antecipação, visando a “evitar uma futura redistribuição”, disse nos autos.

Sexta, 10 de Maio de 2024 às 20:02, por: CdB

Zanin se declarou impedido pois, quando era advogado do presidente Luis Inácio Lula da Silva, que o indicou para a vaga no Supremo, o ministro apresentou uma ação similar contra Bolsonaro no âmbito das eleições de 2022. Ele tomou a atitude em antecipação, visando a “evitar uma futura redistribuição”, disse.

Por Redação – de Brasília

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux foi sorteado como relator do recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o deixou inelegível por oito anos por abuso de poder político no ciclo eleitoral de 2022.

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Ministro do STF, Luiz Fux analisa recurso de Bolsonaro contra inelegibilidade

O processo foi redistribuído após o primeiro relator, ministro Cristiano Zanin, ter se declarado impedido para julgar o caso. Na véspera, o plenário do Supremo confirmou o impedimento.

Zanin se declarou impedido pois, quando era advogado do presidente Luis Inácio Lula da Silva, que o indicou para a vaga no Supremo, o ministro apresentou uma ação similar contra Bolsonaro no âmbito das eleições de 2022. Ele tomou a atitude em antecipação, visando a “evitar uma futura redistribuição”, disse.

 

Golpe

No mês passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se, de forma contrária, quanto ao pedido de Bolsonaro para que o Supremo reverta sua inelegibilidade. Para o Tribunal, não cabe à Corte reavaliar as provas do processo de modo a uma possível mudança no desfecho decidido pelo TSE.

Em junho do ano passado, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político, e uso indevido dos meios de comunicação pela utilização da estrutura física do Palácio da Alvorada para realização de reunião com embaixadores, em julho de 2022, quando atacou o sistema eletrônico de votação. O movimento foi identificado como um dos artifícios preparatórios para o golpe de Estado levado adiante, sem sucesso, no 8 de Janeiro.

O TSE já rejeitou um último recurso do ex-mandatário, que agora tenta a sua última cartada.

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