Rio de Janeiro, 11 de Dezembro de 2025

Lula avalia se veta dosimetria que libera Bolsonaro do regime fechado

Lula afirma que decisão sobre veto ao PL que altera dosimetria penal será tomada após tramitação no Senado. Entenda os impactos dessa proposta.

Quinta, 11 de Dezembro de 2025 às 20:29, por: CdB

Em entrevista a veículos de comunicação mineiros, nesta manhã, Lula enfatizou que a decisão será tomada apenas quando o texto chegar ao Palácio do Planalto, e nem um minuto antes.

Por Redação – de Belo Horizonte

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que somente decidirá sobre um eventual veto ao Projeto de Lei (PL) que altera a dosimetria penal após a conclusão da tramitação no Congresso. A proposta, aprovada pela Câmara na madrugada passada, o texto reduz as punições impostas aos condenados pela trama golpista que resultou nos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2022. A matéria ainda será votada no Plenário do Senado.

Lula avalia se veta dosimetria que libera Bolsonaro do regime fechado | País tem interesses que precisa defender, afirmou o presidente
País tem interesses que precisa defender, afirmou o presidente

Em entrevista a veículos de comunicação mineiros, nesta manhã, Lula enfatizou que a decisão será tomada apenas quando o texto chegar ao Palácio do Planalto, e nem um minuto antes.

— A discussão agora vai pro Senado e vamos ver o que vai acontecer, quando chegar na minha mesa eu tomo a minha decisão. Eu e Deus sentados, tomarei a decisão, farei aquilo que eu entender que deva ser feito porque ele tem que pagar pela tentativa de golpe, tentativa de destruir a democracia desse país. Ele sabe disso, não adianta ficar choramingando agora — afirmou o presidente.

 

Plano golpista

Assessores do presidente, no entanto, indicam que a tendência é barrar privilégios destinados a Bolsonaro e ao núcleo responsável pela trama golpista. Entre os condenados estão os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier; e o deputado Alexandre Ramagem. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro que colaborou com as investigações e já deixou o regime fechado.

— Não gosto de dar palpite a uma coisa que não diz respeito ao poder Executivo. É algo pertinente ao poder legislativo — concluiu Lula.

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