A escolha interna está marcada para o dia 15 de março e alguns quadros já demonstraram intenção de concorrer: os deputados Paulo Teixeira, Carlos Zarattini, Alexandre Padilha, o vereador Eduardo Suplicy e o ex-secretário estadual Jilmar Tatoo, são alguns nomes, mas Gleisi diz optar pelo diálogo ao invés das prévias internas.
Por Redação - de Brasília
Presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann negou, nesta quarta-feira, que o candidato do partido, derrotado nas últimas eleições presidenciais, Fernando Haddad, seja uma opção da legenda para a prefeitura de São Paulo. Ela afirmou que o petista "cumpre hoje uma função mais nacional, de debate nacional". Haddad é, atualmente, um dos nomes do PT cotados para disputar a presidência da República em 2022.
— Haddad avalia que não deve ser, o partido também, principalmente em São Paulo, considera isso. Haddad cumpre hoje uma função mais nacional, de debate nacional, acompanhamento do presidente Lula — disse em entrevista a um site brasiliense de notícias.
Lula
A escolha interna está marcada para o dia 15 de março e alguns quadros já demonstraram intenção de concorrer: os deputados Paulo Teixeira, Carlos Zarattini, Alexandre Padilha, o vereador Eduardo Suplicy e o ex-secretário estadual Jilmar Tatoo, são alguns nomes, mas Gleisi diz optar pelo diálogo ao invés das prévias internas.
— Queremos evitar as prévias, tentar conversar internamente a possibilidade de uma unidade do partido nesse sentido para que a gente possa ter uma candidatura fortalecida e vamos buscar outros partidos para conversar — afirmou.
Quanto à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, em 2022, ainda consta nos planos da legenda, mas Hoffmann reconhece que há obstáculos consideráveis até alcançar esta meta.
— Obviamente se Lula tiver seus direitos políticos resgatados há uma vontade do PT muito grande de ser um candidato, isso vai depender dele também, da sua disposição, vontade, mas para nós seria a candidatura ideal para 2022 — suspira.
Por estar condenado a mais de 12 anos de prisão e impedido de concorrer a cargos públicos, no âmbito da Lei da Ficha Limpa, Lula não é, exatamente, uma opção para o PT. Seu processo transcorreu em segunda instância, em fevereiro de 2018, após julgamento no Tribunal Regional Federal da IV Região (TRF-IV).
‘Nossa luta’
Lula foi julgado por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em face de um apartamento que teria recebido da empreiteira OAS como forma de propina. O petista ficou preso de abril de 2018 até novembro de 2019 e solto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda há recursos a serem interpostos pela defesa, na tentativa de provar sua inocência.
A condenação, no entanto, continua válida, mantendo-o no rol dos políticos de ficha suja.
— Entendemos que a democracia no Brasil, com essa restrição ao Lula, ela é atacada, não está completa, então nossa luta é para isso (anular a sentença) — concluiu Hoffmann.