Haddad

O encontro ocorreu em meio a pressões do Congresso para o governo revogar o decreto que aumentou o IOF. Haddad explicou aos parlamentares que, caso a medida seja derrubada, será necessário aplicar novos cortes no Orçamento da União.

O ministro acrescentou que a reforma tributária, aprovada recentemente no Congresso, terá efeitos extraordinários sobre o ambiente de negócios no país.

O Ministério da Fazenda anunciou a reversão parcial do decreto no fim da noite dessa quinta-feira numa série de mensagens nas redes sociais. A pasta informou que a decisão foi tomada “após diálogo e avaliação técnica.

A sondagem gerou apreensão entre aliados de Jair Bolsonaro (PL), que contavam com uma vantagem folgada do filho ’03’ no maior colégio eleitoral do país, atualmente com residência fixa nos Estados Unidos.

Haddad ficará em Los Angeles até terça-feira. Na quarta-feira, o ministro visitará o México, onde se reunirá com brasileiros que trabalham no país e com o secretário da Fazenda e Crédito Público do México, Edgar Amador Zamorra.

O presidente norte-americano, Donald Trump, suspendeu a elevação de tarifas de importação impostas sobre países, mas anunciou novas altas sobre a China, que também tem respondido com cobranças mais fortes sobre os produtos dos EUA.

Em entrevista à imprensa em Paris, Haddad afirmou que os EUA têm posição “muito confortável” em relação ao Brasil já que as trocas comerciais entre os dois países são superavitárias para os norte-americanos.

Há uma semana, Lula anunciou que o texto deve ser enviado ao Congresso nesta terça-feira. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), confirmou que o governo trabalha nos ajustes das formas de compensar a perda de receitas que o projeto causará ao Orçamento.

Durante o seminário, o ministro voltou a falar que o Brasil deve fazer um ajuste fiscal e tributário de modo a aliviar a cobrança de impostos sobre a população mais pobre. Haddad defende que os mais ricos paguem mais impostos.

Segundo o ministro, os problemas causados pela seca e as enchentes em 2024, além da manutenção dos juros norte-americanos em patamares elevados e que impactaram o valor do dólar em todo o mundo, contribuíram para a alta da inflação no Brasil.

Em conversa com jornalistas, o ministro lembrou que a valorização do dólar no mercado global impactou os preços no Brasil, o que exigiu medidas de controle por parte do Banco Central (BC), com a adoção de uma política monetária contracionista.

Por Paulo Kliass - O tempo voa e os efeitos de qualquer tipo de redefinição dos rumos da política econômica também demoram a ser sentidos. O momento é agora.

AGU começou a olhar com atenção para casos de desinformação ligados a agentes financeiros quando um perfil que simulava uma agência de investimentos nas redes sociais publicou falas falsas e as atribuiu a Gabriel Galípolo, atual presidente do Banco Central (BC).

Haddad acrescentou que "tem havido crimes envolvendo relações de consumo" e que a AGU foi acionada para tomar medidas judiciais.

A nova regra de reajuste tem como objetivo adequar o crescimento do salário mínimo aos limites definidos pelo novo arcabouço fiscal. Dessa forma, o salário mínimo crescerá de 0,6% a 2,5% ao ano acima da inflação.

Nesta quinta-feira, será a vez da proposta ser apresentada aos líderes do Senado. Os ministros Alexandre Padilha (PT), das Relações Institucionais, e Rui Costa, da Casa Civil (PT), também participarão das reuniões.

O chefe da equipe econômica sinalizou em diversos momentos nos últimos dias que as medidas seriam anunciadas nesta semana, a despeito dos relatos de que o presidente ainda não havia tomado uma decisão definitiva sobre as ações.

Segundo a assessoria da pasta, Haddad cancelou a viagem que faria para São Paulo, prevista para a noite passada. O ministro permanecia em Brasília, nesta sexta-feira, pronto para mais uma rodada de debates com a equipe do governo Lula.

Os ministros Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão), que fazem parte da Junta de Execução Orçamentária (JEO) – junto com Haddad -, também participaram do encontro.

Durante o fim de semana, informou Haddad, Lula pediu que técnicos da equipe econômica lhe apresentassem os detalhes das medidas de corte de gastos obrigatórios. Segundo o ministro, os pontos que cabem ao Ministério da Fazenda estão com as definições bastante adiantadas.