Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Presidente diz que congelará despesas, sempre que necessário

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Segunda, 22 de Julho de 2024 às 19:18, por: CdB

O presidente brasileiro afirmou, ainda, que a contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 anunciada na quinta-feira não foi a primeira a ser feita pelo governo e frisou que, se gastar mais do que arrecada, o país “vai quebrar”. Ao mesmo tempo, Lula ponderou que a gestão orçamentária à frente vai depender do comportamento das receitas.

Por Redação – de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira que o governo fará congelamento de despesas orçamentárias sempre que necessário e afirmou que traz a questão da responsabilidade fiscal nas “entranhas”.

— Sempre que precisar bloquear nós vamos bloquear — disse Lula aos correspondentes estrangeiros que o entrevistaram, nesta manhã, no Palácio da Alvorada.

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Fernando Haddad busca por equilíbrio no Orçamento da União

O presidente afirmou, ainda, que a contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 anunciada na quinta-feira não foi a primeira a ser feita pelo governo e frisou que, se gastar mais do que arrecada, o país “vai quebrar”. Ao mesmo tempo, ponderou que a gestão orçamentária à frente vai depender do comportamento das receitas.

— O mesmo dinheiro que você precisa cortar agora, você pode não precisar cortar daqui a dois meses, depende da arrecadação — acrescentou.

 

Competente

Lula também voltou a fazer fortes críticas ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, cujo mandato termina no fim deste ano, e disse que fará a indicação de seu substituto no momento em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falar com ele sobre o assunto.

— Eu espero que a gente encontre uma pessoa que seja, do ponto de vista técnico, muito competente; seja, do ponto de vista político, muito honesto e muito sério; e que seja uma pessoa que efetivamente ganhe autonomia pela sua respeitabilidade, pelo seu comportamento — afirmou.

 

‘Um rapaz’

Lula disse sempre ter sido contra a autonomia do BC, mas afirmou duvidar que Campos Neto tenha mais autonomia do que Henrique Meirelles, que presidiu o BC ao longo dos seus primeiros dois mandatos (2003-2010), quando a lei da autonomia da autarquia ainda não havia sido aprovada.

— Como pode um rapaz que se diz autônomo, presidente do Banco Central, estar incomodado com o fato do povo mais humilde estar ganhando aumento de salário? — questionou Lula, em referência a Campos Neto.

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