Pedro Sánchez nomeia catalães para controlarem Congresso e Senado
Sánchez, que quer cumprir um segundo mandato, fez acenos ao longo do último ano para estabelecer um diálogo com a Catalunha e lhe dar um grau maior de autonomia, mas descartou outra votação separatista na região.
Sánchez, que quer cumprir um segundo mandato, fez acenos ao longo do último ano para estabelecer um diálogo com a Catalunha e lhe dar um grau maior de autonomia, mas descartou outra votação separatista na região.
Por Redação, com Reuters - de Madri
O primeiro-ministro interino da Espanha, Pedro Sánchez, propôs nesta sexta-feira que dois parlamentares catalães assumam como presidentes do Parlamento, dando uma ideia precoce do papel proeminente que a região politicamente volátil deve desempenhar durante seu mandato.
Pedro Sánchez, em Madri
A crise desencadeada quando a Catalunha declarou a independência brevemente em 2017 foi um tema central da eleição nacional do mês passado, e suas ambições separatistas estão se mostrando uma dor de cabeça política para Sánchez agora que seu Partido Socialista minoritário tenta formar um governo.
Tanto Meritxell Batet, candidata de Sánchez à presidência da Câmara baixa, quanto Manuel Cruz, seu escolhido para o Senado, pertencem à ala catalã dos socialistas. Como tais, eles defendem a preservação da união com a Espanha, mas também um diálogo aberto com o campo pró-independência da região.
Sua indicação como elos essenciais no processo legislativo nacional demonstra “comprometimento com o diálogo, com a coexistência e com a coesão entre todos os espanhóis”, disse a porta-voz interina do governo, Isabel Celaa, aos repórteres.
Mas um separatista disse que se está tapando o sol com a peneira, um sinal de como o debate sobre a Catalunha é polarizador.
– Não achamos que colocar catalães nestas posições resolve. É uma operação cosmética – avaliou Sergi Cabrera, porta-voz do partido ERC no Parlamento da região.
O que seu partido quer é uma estrutura de diálogo permanente entre Madri e Barcelona para temas catalães.
Sánchez, que quer cumprir um segundo mandato, fez acenos ao longo do último ano para estabelecer um diálogo com a Catalunha e lhe dar um grau maior de autonomia, mas descartou outra votação separatista na região.