As reuniões foram motivadas pela operação da PF realizada na sexta-feira, que cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete da Liderança do PP na Câmara.
Por Redação – de Brasília
A cúpula do Congresso intensificou articulações junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a deflagração de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga desvios envolvendo emendas parlamentares. O movimento ocorreu ao longo do fim de semana, com o objetivo de abrir um canal de diálogo com ministros da Corte e tentar construir um entendimento que evite o agravamento do embate entre os Poderes, segundo a mídia conservadora.

As conversas ganharam força depois de uma série de reuniões realizadas em Brasília, na véspera. Participaram dos encontros o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP); o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB); além dos ex-presidentes das duas Casas, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL).
As reuniões foram motivadas pela operação da PF realizada na sexta-feira, que cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete da Liderança do PP na Câmara. A ordem foi expedida pelo ministro do STF Flávio Dino e teve como alvo uma ex-assessora do deputado Arthur Lira.
Sem consenso
O diálogo entre os parlamentares envolveu avaliações políticas e institucionais sobre o alcance da decisão do ministro. Parte das acusações sob investigação se refere a períodos em que Lira e Pacheco comandavam, respectivamente, a Câmara e o Senado, o que levou os líderes das duas Casas a discutir coletivamente os possíveis desdobramentos do caso.
Durante as conversas, não houve consenso sobre a motivação da operação. Entre as hipóteses levantadas, está a percepção de que a medida poderia favorecer o Executivo, na tentativa de retomar maior controle sobre as emendas parlamentares.