Segundo o prefeito Edinho Silva, o PT precisa estabelecer estratégias diferenciadas de diálogo com a classe média, especialmente nas grandes cidades; além de enfrentar o desafio de uma direita cada vez mais organizada.
Por Redação – de São Paulo
Prefeito de Araraquara e um dos principais líderes do Partido dos Trabalhadotres, o sociólogo Edinho Silva, ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, tem seu nome cogitado para a Presidência do PT, no ano que vem. Edinho comentou o resultado das eleições municipais de 2024, em entrevista à mídia conservadora, nas quais o antipetismo se mostrou mais forte do que o partido esperava.
Segundo o prefeito, o PT precisa estabelecer estratégias diferenciadas de diálogo com a classe média, especialmente nas grandes cidades; além de enfrentar o desafio de uma direita cada vez mais organizada.
— O antipetismo ainda é muito presente. Ele se tornou mais forte em 2024, nos setores médios da sociedade que em 2022 estavam conosco, mas em 2024 não — observou o sociólogo.
Antissistema
Edinho Silva acredita que o PT precisa ouvir as demandas da classe média urbana, desiludida com a capacidade do Estado de promover transformações.
— Perdemos as eleições onde a classe média é extensa, nas periferias. A juventude da periferia também foi cooptada pelo antissistema — avaliou.
O momento, segundo Edinho Silva, exige que o PT una esforços com outras forças democráticas para 2026, em um esforço de construção de uma frente ampla.
— Temos que construir alianças. Tem que dialogar com o campo democrático e fazer reformas que possam melhorar a relação do Estado com a sociedade civil — resumiu.