A ação teve como objetivo aprofundar as investigações sobre crimes como fraudes financeiras, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Por Redação, com ACS – de São Paulo
Na terça-feira, a Polícia Civil deflagrou a Operação Mata Leão, com o objetivo de investigar um esquema de fraudes envolvendo a venda de cartas contempladas falsas em consórcios. A operação foi realizada pela 1ª Delegacia de Polícia de Investigações Gerais de São José dos Campos (DIG/Deinter 1), com o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão em quatro cidades: São José dos Campos, Jacareí, Caraguatatuba e Itaquaquecetuba.

A ação teve como objetivo aprofundar as investigações sobre crimes como fraudes financeiras, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O golpe consistia na oferta de cartas contempladas inexistentes, com a promessa de aquisição de veículos e imóveis. As vítimas realizavam os pagamentos, mas não recebiam os documentos prometidos e não conseguiam reaver os valores investidos.
Em um dos casos apurados, uma vítima sofreu um prejuízo de R$ 400 mil ao acreditar na promessa de uma carta contemplada. As investigações apontam que o esquema movimentou quantias milionárias, prejudicando diversos consumidores em diferentes municípios da região.
Um dos alvos da operação foi uma empresa de consórcios localizada na Rua Madre de Paula, no bairro Vila Ema, em São José dos Campos. As autoridades revelaram que o grupo utilizava empresas com sócios formais para dar uma aparência de legalidade às transações, enquanto os verdadeiros operadores possuíam antecedentes criminais por envolvimento em golpes semelhantes. Além disso, a apuração revelou um elaborado esquema de lavagem de dinheiro, no qual os valores obtidos das vítimas eram transferidos para contas bancárias de terceiros e empresas interpostas, dificultando o rastreamento dos recursos ilícitos.
Ação policial
Durante a ação policial, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos e outros materiais que serão analisados para dar continuidade às investigações. Além disso, contas bancárias vinculadas ao esquema foram bloqueadas para evitar a dissipação dos valores obtidos de forma fraudulenta.
Várias vítimas relataram dificuldades em recuperar os valores perdidos e registraram queixas sobre os golpes em plataformas de reclamação. As empresas Seller e Lions Corporation, envolvidas no esquema, acumulam inúmeras queixas por aplicar o mesmo método fraudulento, reforçando a suspeita de uma atuação sistemática do grupo criminoso.
A Polícia Civil segue com as investigações para identificar todos os envolvidos e adotar as medidas legais necessárias contra os responsáveis pelo esquema.