Entre os investigados estão líderes operacionais, gerentes do tráfico, distribuidores de armas e responsáveis pela arrecadação e movimentação financeira.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu 13 pessoas na operação Trunfo Final contra suspeitos de integrar a principal facção criminosa do estado, o Comando Vermelho. A ação foi realizada nesta sexta-feira na comunidade Az de Ouro, em Anchieta, na Zona Norte da cidade. A meta é cumprir 36 mandados de prisão.

A operação é coordenada por equipes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e da 14ª DP (Leblon). De acordo com as investigações, o grupo utilizava armamentos pesados para intimidar moradores da comunidade, além de coordenar ataques criminosos para manter o domínio territorial.
Distribuidores de armas
Além dos mandados de prisão, a operação também cumpre 72 mandados de busca e apreensão. As equipes realizam diligências em Anchieta e na Baixada Fluminense, em Nilópolis e Mesquita.
Entre os investigados estão líderes operacionais, gerentes do tráfico, distribuidores de armas e responsáveis pela arrecadação e movimentação financeira.
De acordo com a Polícia Civil, a operação recebeu o nome Trunfo Final em referência direta ao ás de ouros, carta que simboliza o poder, a supremacia e o domínio, em alusão à forma como a facção se enxerga dentro da comunidade.
Ainda segundo a polícia, três dos alvos da operação desta sexta-feira já estavam mortos antes da ação. A polícia também identificou que, em apenas uma conta bancária ligada à quadrilha, houve movimentação de R$ 1 milhão em apenas 15 dias.
Rafael da Silva Titari, o Galo, apontado pela polícia como um dos principais articuladores seria o chefe da ”Tropa do César”. Ele não tinha mandado de prisão em aberto, o que permitiu que viajasse para Paris, em junho deste ano, sem chamar atenção.
Como funcionava o esquema
As apurações mostraram que o núcleo financeiro da quadrilha realizava diversas transferências, usadas para sustentar o tráfico, abastecer o arsenal e financiar atividades ilícitas.
O nome Trunfo Final faz referência ao ás de ouros — símbolo de poder e domínio — metáfora da forma como o grupo se via dentro da comunidade. A operação, segundo investigadores, representa um ponto decisivo para enfraquecer a capacidade de articulação, reação e financiamento do CV em Anchieta.