Para o governo, a resistência ao nome de Gonet, reconduzido à Procuradoria-Geral da República (PGR) por 45 votos a 26, o placar mais estreito desde a redemocratização, não se aplicaria ao atual advogado-geral da União.
Por Redação – de Brasília
Embora o panorama político no Senado não seja dos mais favoráveis ao Palácio do Planalto, conforme apontou a votação apertada que garantiu a recondução de Paulo Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), a possível indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF) teria aprovação garantida na Casa, segundo fonte próxima as negociações com o Parlamento.

Para o governo, a resistência ao nome de Gonet, reconduzido à Procuradoria-Geral da República (PGR) por 45 votos a 26, o placar mais estreito desde a redemocratização, não se aplicaria ao atual advogado-geral da União. Na avaliação do núcleo político do governo, Messias não carrega o desgaste acumulado pelo PGR.
Governador
De acordo com a base aliada ao governo, o desempenho de Gonet foi avaliado como uma resposta direta à atuação dele na denúncia de Jair Bolsonaro (PL) no processo sobre a trama golpista. A sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que registrou 17 votos favoráveis e 10 contrários, refletiu essa tensão, com o maior índice de rejeição, até agora.
Messias, no entanto, enfrenta obstáculos de outra natureza. Parte expressiva do Senado tem como preferência alternativa o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente da Casa por dois mandatos. No caso de Pacheco, porém, o presidente Lula o guarda em alta consideração, mas para a disputa do governo do Estado de Minas Gerais, onde as pesquisas o apontam como um dos principais competidores nas eleições de 2026.
Outro nome em disputa é o do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.