O relatório final do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado passará, então, ao gabinete da Procuradoria-Geral da República (PGR). Assessores próximos ao ministro comentaram com jornalistas que o documento permanecerá sob sigilo.
Por Redação – de Brasília
Antes de encaminhar o relatório de quase 900 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que seu gabinete faça a leitura completa, durante o fim de semana, de forma a encaminhar o documento na próxima segunda-feira.

O relatório final do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado passará, então, ao gabinete da Procuradoria-Geral da República (PGR). Assessores próximos ao ministro comentaram com jornalistas que o documento permanecerá sob sigilo, medida que busca assegurar o “trabalho tranquilo” da equipe liderada pelo procurador-geral Paulo Gonet.
— É preciso ver o filme todo, e não fotografias — teria afirmado a interlocutores o PGR.
Consistência
A estratégia é integrar as informações de forma coesa para compreender como os elementos dos diversos inquéritos se complementam e verificar a consistência dos indiciamentos levantados.
Para conduzir a análise do relatório, Gonet terá o apoio de uma estrutura que inclui a equipe técnica, com integrantes da Assessoria Jurídica Criminal (AJCRIM) do STF e o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GECAA), formado por um coordenador e oito procuradores auxiliares diretamente ligados ao gabinete do PGR.
Diante das especificidades do caso, Gonet adiantou que precisará de tempo e descartou a apresentação de um relatório ainda neste ano. O prazo estimado ficou para fevereiro de 2025.
— Um bom trabalho não se faz sem análise cuidadosa e criteriosa do material colhido, o que exige tempo — resume o procurador-Geral da República.