Rio de Janeiro, 29 de Junho de 2025

Militar golpista tende a perder a patente, adverte presidente do STM

Presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha, afirma que militares envolvidos no golpe de 8 de Janeiro podem perder a patente, mesmo sem condenação criminal.

Sexta, 30 de Maio de 2025 às 20:59, por: CdB

Para a magistrada, na esfera de decisão das Forças Armadas, todos os militares manifestaram-se negativamente ao golpe de Estado.

Por Redação – de Brasília

Presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha afirmou, nesta sexta-feira, que considera provável a perda de patente por parte daqueles integrantes das Forças Armadas (FA) investigados na trama do golpe fracassado no 8 de Janeiro, mesmo que não sejam condenados criminalmente nos julgamentos em curso. Na entrevista ao site PlatôBR, a ministra disse que, com base em julgamentos anteriores da Justiça Militar, a tendência é que os réus sejam expulsos das fileiras.

Militar golpista tende a perder a patente, adverte presidente do STM | Presidente do STM, Rocha ainda vai pautar o julgamento dos militares envolvidos no golpe de Estado
Presidente do STM, Rocha ainda vai pautar o julgamento dos militares envolvidos no golpe de Estado

Até agora, no entanto, o STM não abriu processos contra militares suspeitos de participar da tentativa de golpe.

— Da Justiça Militar ao juizinho lá do interior do norte do país, o Judiciário só age por provocação. Somente o Ministério Público (MP) pode propor ação penal no STM. Nunca houve a propositura de nenhuma ação penal aqui decorrente do 8 de Janeiro, independentemente de o ministro Alexandre de Moraes ser o juiz prevento para a causa — afirmou.

Golpista

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Para a magistrada, na esfera de decisão das Forças Armadas, todos os militares manifestaram-se negativamente ao golpe de Estado.

— Quem dá golpe é o Alto Comando. Não é general da reserva nem oficial com patente abaixo de general de quatro estrelas. O generalato de três estrelas, de duas estrelas, os de brigada, esses não têm nem voz, eles não participam do Alto Comando. E o Alto Comando inteiro foi contrário. Aliás, o Alto Comando era comandado à época pelo general Freire Gomes (então comandante do Exército) — resumiu.

Assim, os militares envolvidos na tentativa de ruptura violenta do Estado de Direito  “podem perder a patente mesmo que não houver condenação”, concluiu.

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