O primeiro encontro entre Dino e Lewandowski para discutir os detalhes da transição estava com agenda para esta tarde, marcada pela cordialidade e a busca por continuidade que sempre nortearam o relacionamento entre eles.
Por Redação - de Brasília
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, iniciou nesta segunda-feira, oficialmente, a transição na pasta administrada pelo hoje senador Flávio Dino (PSB-MA). A nomeação do novo ministro foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U), na edição desta segunda, o que formaliza legalmente o processo.
O primeiro encontro entre Dino e Lewandowski para discutir os detalhes da transição estava com agenda para esta tarde, marcada pela cordialidade e a busca por continuidade que sempre nortearam o relacionamento entre eles. Nos bastidores, no entanto, a transição já ocorre, célere, há duas semanas, segundo comentaram secretários de alto escalão da gestão Dino à mídia conservadora.
Nomes de confiança de Lewandowski, como Manoel Carlos de Almeida Neto, que será o número dois da pasta, já expressaram apreço pela eficiência do trabalho desenvolvido pela equipe anterior. Em particular, elogios foram direcionados ao então secretário-executivo, Ricardo Cappelli.
Trânsito
Lewandowski foi anunciado para o comando do Ministério da Justiça em 11 de janeiro. No entanto, o ministro aposentado do Supremo preferiu aguardar sua desincompatibilização dos processos nos quais atua como advogado; além de deixar o conselho jurídico da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que preside, entre outros compromissos, antes de iniciar efetivamente o processo de transição.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também tem tratado de pavimentar o caminho do novo ministro junto aos parlamentares. O setor de articulação política do governo aproveita a mudança no comando da Comissão de Segurança Pública da Câmara para evitar que os ataques sistemáticos dos bolsonaristas e da chamada “bancada da bala” a Flávio Dino se repitam com Ricardo Lewandowski.
Bancada
O deputado Sanderson (PL-RS) tende a deixar o comando do colegiado, assim que voltar do recesso. O PL vai abrir mão do posto para lançar Caroline de Toni à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Assessores do Palácio do Planalto têm apontado para um nome mais tranquilo para a comissão e pretendem negociar junto ao chamado ‘Centrão’ um perfil menos beligerante, contra Lewandowski.
A sucessão no colegiado é monitorada de perto pelo governo, uma vez que a bancada da bala possui maioria para aprovar ou rejeitar projetos que impactam diretamente a política de segurança do governo Lula.