Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2025

Itamaraty responde a Milei, que mostra países de esquerda como favelas

Chanceler brasileiro, Mauro Vieira, critica mapa de Milei que retrata países de esquerda como favelas e destaca dados positivos do Brasil em meio à crise na Argentina.

Quinta, 18 de Dezembro de 2025 às 20:31, por: CdB

Em 2024, o primeiro ano do governo de Milei, a pobreza na Argentina explodiu, chegando a 52,9% da população.

Por Redação – de Brasília

Chanceler brasileiro, o diplomata Mauro Vieira reagiu, nesta quinta-feira, à divulgação de um mapa da América do Sul feita pelo presidente da Argentina, Javier Milei, que mostrava o Brasil e países com governos de esquerda como um aglomerado de favelas — e o país vizinho, junto com outros liderados pela direita, como modernos e futuristas.

Itamaraty responde a Milei, que mostra países de esquerda como favelas | O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, acompanha as negociações com a UE
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, acompanha as negociações com a UE

Vieira afirmou a jornalistas que “esse mapa postado pelo presidente Milei precisa de uma atualização urgente”. E passou a citar dados positivos para o Brasil, quando comparados com a Argentina — sem, no entanto, citar o país vizinho uma vez sequer.

— Com o Presidente Lula na Presidência, o Brasil se moderniza e enfrenta seus problemas sociais, não os varre para baixo do tapete. Tem cidades modernas, uma economia em crescimento, os mais baixos níveis de desemprego, reservas internacionais de US$ 360 bilhões e acaba de sair novamente do Mapa da Fome, com recursos próprios — rebateu.

 

Pobreza

Em 2024, o primeiro ano do governo de Milei, a pobreza na Argentina explodiu, chegando a 52,9% da população. No primeiro semestre deste ano, caiu para 31,6% — mas permanece mais alta do que no Brasil, cujo índice de pobreza, segundo o IBGE, é de 23,1%.

O FMI, que emprestou US$ 20 bilhões ao país nesse ano, tem feito sucessivos alertas de que o governo Milei tem que recompor suas reservas internacionais, hoje em níveis muito baixos.

O chanceler brasileiro, em sua mensagem, relembra o fato de que o Brasil tem “moeda estável há 30 anos, há 20 anos quitamos nossa dívida e não devemos sequer um centavo ao FMI”. Outro integrante do governo, no mesmo diapasão, lembra que a Argentina vive, na realidade, “na pindaíba’.

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