O trabalho sigiloso da PF apontou, segundo aqueles agentes federais, que o filho ’03’ do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) coordena a interlocução com Steve Bannon, ex-estrategista do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Por Redação - de Brasília e São Paulo
Os inquéritos em curso na Polícia Federal (PF) sobre esquemas de milícias digitais atingiram, em cheio, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Investigadores que conversaram com repórteres da mídia conservadora, em condição de anonimato, estariam convencidos que o parlamentar é um dos líderes do "núcleo político" da organização criminosa. A principal investigação tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob o comando de Alexandre de Moraes.
O trabalho sigiloso da PF apontou, segundo aqueles agentes federais, que o filho ’03’ do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) coordena a interlocução com Steve Bannon, ex-estrategista do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. O norte-americano dissemina ataques digitais contra o Supremo Tribunal Federal e as urnas eletrônicas, “para desestabilizar as instituições democráticas e, por consequência, fazer a população achar que elas atrapalham a governabilidade", diz a matéria publicada no site de notícias O Bastidor.
“Reservadamente, os responsáveis pelas investigações já se convenceram de que o filho do presidente é um dos líderes do ‘núcleo político’ do que qualificam como organização criminosa. O deputado, assim como seus irmãos Carlos e Flávio, havia sido citado na abertura do inquérito”, acrescenta.
Fake news
O ministro do STF já havia incluído Jair Bolsonaro no inquérito das fake news. Agora, a crise entre o Palácio do Planalto e o STF alcançará novo patamar, caso a PF avance na investigação da maneira que os policiais querem.
Ainda sobre a disseminação de notícias falsas, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira que as plataformas da internet e das redes sociais precisam ter regras claras para impedir a divulgação de informações falsas.
A uma plateia de empresários, Barroso, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que as plataformas têm de explicitar nos termos de uso o que é proibido fazer e proativamente retirar do ar tudo o que seja discurso mentiroso e de ódio.