Com R$ 42,3 milhões em caixa, a pasta teve um dos maiores cortes na verba de custeio da máquina em relação ao ano anterior, quando teve R$ 103,6 milhões disponíveis em despesas discricionárias para pagar as atribuições mais corriqueiras da pasta.
Por Redação - de Brasília
O Ministério da Defesa avaliava, nesta quinta-feira, o corte de quase 70% nos recursos destinados aos custos administrativos, como conta de água, luz e café. A sanção do Orçamento pelo presidente Lula (PT) com a tesourada acendeu um alerta entre integrantes da pasta, que temem paralisia nos processos cotidianos do ministério caso os recursos não sejam ao menos parcialmente recompostos.
O corte foi feito por recomendação do próprio governo ao Congresso, para realocar dinheiro no Novo Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), uma das prioridades e principais vitrines do governo. Procurado por repórteres, o Ministério da Defesa informou em nota que, diante do atual cenário orçamentário, técnicos da autarquia buscam alternativas para "assegurar a manutenção das atividades e dos principais projetos”.
Rotina
O Ministério do Planejamento disse que não se manifestará.
A pasta de Defesa foi poupada pelo governo que anunciou, na semana passada, um corte nos recursos de emendas parlamentares. No entanto esse dinheiro é carimbado para deputados e senadores. O problema apontado por auxiliares do ministro José Múcio Monteiro está nas contas do funcionamento do ministério, e a verba das emendas não pode ser direcionado para esses gastos.
Com R$ 42,3 milhões em caixa, a pasta teve um dos maiores cortes na verba de custeio da máquina em relação ao ano anterior, quando teve R$ 103,6 milhões disponíveis em despesas discricionárias para pagar as atribuições mais corriqueiras da pasta.
O Ministério do Meio Ambiente também perdeu mais de 30% dessa rubrica, ficando com R$ 34,8 milhões para manutenção da administração central.