Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Eleição de Pacheco, no Senado, conta com apoio de Lula

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Terça, 31 de Janeiro de 2023 às 11:31, por: CdB

A orientação do governo é que ministros que são parlamentares retornem ao mandato para votar também na eleição para o Tribunal de Contas da União (TCU), prevista para acontecer no dia 2 de fevereiro, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Por Redação - de Brasília
A Esplanada dos Ministérios ficou desfalcada, ao longo desta semana, de 11 ministros do governo Lula que conquistaram uma vaga no Congresso, nas últimas eleições. Eles precisaram se licenciar, obrigatoriamente, para participar das votações que decidem o comando da Câmara e do Senado.
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Rogério Marinho e Rodrigo Pacheco têm disputa que também é decisiva para o governo Lula
A orientação do governo é que ministros que são parlamentares retornem ao mandato para votar também na eleição para o Tribunal de Contas da União (TCU), prevista para acontecer no dia 2 de fevereiro, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. A recomendação se estende aos ministros que não precisam tomar posse, como é o caso de Carlos Fávaro (Agricultura), que está no meio do mandato de oito anos como senador pelo PSD do Mato Grosso. O governo apoia a reeleição do deputado Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Câmara, e a de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à Presidência do Senado.

Cálculos

Se na Câmara o quadro está definido, com a vitória prevista de Lira, a disputa entre os senadores parece mais acirrada. O PL, no entanto, sigla do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), tende a ser isolado, sem qualquer representante no comando da Casa. Embora o grupo que apoia o senador Rogério Marinho (PL-RN) atue contra o favoritismo de Pacheco e aposta em traidores nos cálculos parciais da disputa, aliados de Pacheco dizem que ele sairá vitorioso e com ampla margem de 55 votos — são necessários ao menos 41 votos. Para manter o mapa de apoios, Pacheco e aliados negociam a distribuição de cargos na Mesa Diretora e nas principais comissões, sem nenhum representante do PL. A primeira vice-presidência deve permanecer com o senador Veneziano Vital (MDB-PB); a segunda vice tende a ficar com o União Brasil, que indicaria a professora Dorinha (União-TO) e a primeira secretaria, conhecida como a "prefeitura" do Senado, tende a seguir com o PT. É a cadeira que tem mais cargos para indicações.

Alcolumbre

Um dos acordos feitos para manter Pacheco à frente da disputa, segundo voz corrente nos bastidores do Congresso, é o voto do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) em troca de apoio de aliados do presidente do Senado à candidatura do filho dele, o deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), para a vaga do Tribunal de Contas de União (TCU). Pacheco tem ainda o apoio de Lula, com quem se reuniu na semana passada para um jantar. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), atua quase como um coordenador de campanha pela reeleição do presidente do Senado. Caciques do MDB também fazem parte do time, além do senador Davi Alcolumbre (União-AP).
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