Em resposta à ordem presidencial, Múcio reforçou as guarnições das Forças Armadas em Roraima, elevando o status para batalhão e dobrando o efetivo no Estado fronteiriço. O aumento da tensão na região levou o Exército brasileiro a ampliar o efetivo do Pelotão Especial de Fronteira de Pacaraima (RR) de 70 para 130 homens
Por Redação - de Brasília
Em meio à crescente tensão na fronteira entre Venezuela e Guiana, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula (PT) determinou a ‘blindagem’ da região diante da disputa pelo território de Essequibo, rico em petróleo e minério.
— O Brasil não participará de um problema que é da Venezuela com a Guiana — disse Múcio à mídia conservadora, na manhã desta terça-feira.
Em resposta à ordem presidencial, Múcio reforçou as guarnições das Forças Armadas em Roraima, elevando o status para batalhão e dobrando o efetivo no Estado fronteiriço. O aumento da tensão na região levou o Exército brasileiro a aumentar o efetivo do Pelotão Especial de Fronteira de Pacaraima (RR) de 70 para 130 homens, fortalecendo o patrulhamento na divisa do Brasil com a Venezuela.
Confusão
Também foram transferidos 20 blindados para a unidade militar. O ministro tem monitorado de perto os sinais do governo de Nicolás Maduro, ressaltando que o ex-chanceler Celso Amorim foi enviado ao país como representante brasileiro.
— O recado é de que o governo brasileiro não aceita uma saída que não seja pacífica — acrescentou o ministro.
Ainda durante a viagem aos Emirados Árabes, no domingo, o presidente Lula apelou ao "bom senso" por parte dos dois países.
— Só tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora: confusão.
Se tem uma coisa que precisamos para crescer e melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo e não ficar pensando em briga. Não ficar inventando história. Espero que o bom senso prevaleça do lado da Venezuela e do lado da Guiana — concluiu Lula.