Dos 23 ministérios, apenas 7 ficaram preservados das nomeações ligadas a partidos do 'Centrão' (Educação, Relações Exteriores, Defesa, Economia, Controladoria-Geral da União, Advocacia-Geral da União e Infraestrutura). Todas as outras pastas já estiveram nas mãos das siglas.
Por Redação, com BdF - de Brasília
Desde sua posse, em 2019, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já nomeou ministros de Estado 14 integrantes de partidos políticos ligados ao grupo parlamentar conhecido como ‘Centrão’. O número equivale a mais da metade das 23 pastas que existem em seu governo. Atualmente, são nove ministros filiados a siglas que compõem o grupo.
Os números fazem parte de levantamento feito pelo site de notícias Brasil de Fato a partir de documentos públicos. Os dados apontam ainda que o governo chegou ao seu 52º ministro em pouco mais de dois ano e meio.
Dos 23 ministérios, apenas 7 ficaram preservados das nomeações ligadas a partidos do 'Centrão' (Educação, Relações Exteriores, Defesa, Economia, Controladoria-Geral da União, Advocacia-Geral da União e Infraestrutura). Todas as outras pastas já estiveram nas mãos das siglas.
‘Ala ideológica’
O Ministério da Cidadania, por exemplo, já foi ocupado por três políticos com mandato de deputado federal: Osmar Terra (MDB-RS), Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e João Roma (DEM-BA). O órgão é responsável por políticas sociais e pelo auxílio emergencial.
A pesquisa aponta ainda que até mesmo nomes teoricamente ligados à “ala ideológica” ou aos militares também são filiados a partidos do grupo, como a ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves (que é do PP), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes (PSL), e o general Augusto Heleno (Patriota), que chefia o Gabinete de Segurança Institucional.
No campo de busca, existe a opção de digitar o nome dos ministros, partidos ou pastas. A data da posse de cada um dos chefes do ministérios foi checada no Diário Oficial da União. A filiação aos partidos foi verificada nos registros do Tribunal Superior Eleitoral. A estatística contraria uma das principais promessas da campanha presidencial de Bolsonaro.